quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CADÊ OS DIREITOS HUMANOS?

Esta é a PMMG de antes de 1997 comandada por Coronel ditador em 2009.

Vejam o martírio da familia do SD Adilson Messias de Lana do 26º BPM.

O Militar entrou na PMMG em 1997. Em 200O começou a sentir fortes dores na coluna, que culminou com uma operação em razão de estenose de canal. Ficou um período de licença e depois seguidas e constantes dispensas.

O Major Erasmo, então Sub-comandante do Batalhão à época dizia que o militar ficava constantemente dispensado, não podendo atestar a qualidade de seu trabalho.

Correndo o risco de ficar aleijado, o militar começou a tomar remédios controlados. Os médicos que o avaliaram (um deles o Major Cairo - hoje Coronel do HPM) afirmava à família que o militar poderia nunca mais trabalhar na rua, pois certamente iria passar por várias operações de coluna.

Sentindo-se um inútil o militar foi piorando o seu estado de saúde e psicológico. Desestabilizado emocionalmente por varias vezes dizia que iria tentar o suicídio.

A tenente Naira, psicóloga da unidade, afirma que não pode testemunhar sobre o caso e sobre as idéias de suicídio do militar. (Por que será?)

Vejam o absurdo: o militar com problemas psicológicos e ameaçando se matar foi colocado para trabalhar na intendência, ou seja, cuidando de armas. O militar em suas crises gritava dentro de casa que iria se apossar de uma metralhadora, matar todo mundo e suicidar.

Desesperada e sem apoio da corporação a esposa fugiu com o marido para Rondônia onde moravam dois irmãos mais velhos do seu marido. Foi um grito desesperado de socorro.

Em Rondônia o militar continuou o tratamento e os laudos médicos afirmavam que ele passaria por uma nova operação de coluna com o risco de ficar aleijado.

Com a piora de sua saúde, os irmãos o levaram para o neurologista que aumentou a dosagem da medicação, e como não apresentava melhora, o encaminhou para um psiquiatra.

Em Rondônia o militar tentou suicídio quatro vezes.

Como o militar começou a apresentar risco a família e a sociedade, a esposa procurou a Defensoria Pública daquele Estado que na justiça o interditou declarando o militar inimputável conforme o artigo 3º, Inciso II do Código Civil Brasileiro.

Desesperada em sem nenhuma expectativa de melhora, a esposa resolveu voltar a residir em Minas Gerais, em Itabira, perto de seus parentes.

O militar se apresentou no 18º Batalhão, e mesmo interditado e doente ficou preso por 17 dias.

Retornando ao 26º Batalhão em Itabira, tentaram colocar o militar pra trabalhar como se não estivesse gravemente doente.

Como colocar uma pessoa interditada para trabalhar?

O militar teve um surto psicótico no Hospital Nossa Senhora das Dores em Itabira e quebrou quase todo o hospital. Na ocasião o Coronel Domingos Sávio, Chefe da clínica psiquiátrica do HPM, que acompanhava seu pai no mesmo hospital, orientou o diretor clinico para internar imediatamente o militar da Clinica Serra Verde.

O militar ficou o ano de 2009 quase todo internado e só foi liberado para realizar uma nova cirurgia de coluna para colocação de oito parafusos.

Mesmo interditado, doente, com problemas psicológicos, e ainda sendo um suicida, o 2º Tenente Claudiano Pierre notificou o militar para ser interrogado sobre o tempo em que ficou sumido de Minas Gerais, como desertor.

Anteriormente a ida do oficial a casa do militar, o Tenente-médico Gustavo foi até a residência do policial e sem a presença de sua esposa (que é sua curadora), o examinou , solicitando permissão para entrar na casa a uma criança de 12 anos de idade, emitindo um atestado em que afirmava que o militar estava bem e que não havia impedimentos para seu interrogatório.

Ontem (13/10) o Tenente Claudiano esteve na residência do militar para interrogá-lo e como o militar nada falou, o Tenente disse que estava encerrada e fase de interrogatório e olhando para esposa afirmou que ela deveria “partir para uma outra luta”.

O Tenente não ouviu o militar, não recebeu sua defesa escrita (direito constitucional de ampla defesa e contraditório) e já decretou a sentença: EXCLUSÃO

O Problema não esta na PMMG, esta em seus comandantes que pensam que estão acima da lei e são os proprietários da corporação, falam em direitos humanos mas só quando afetam a eles próprios, quando se trata de praças e oficiais subalternos, praticam a covardia, hipocrizia e a ditadura e sem nenhuma chance de defesa, como foi nese caso .

Fonte: Blog do Cabo Fernando

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