segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estratégias e incentivo para sermos mais cidadãos na defesa de nossos direitos ou sermos subjugados eternamente.

Por Sgt. Barbosa


É impressionante, como nos últimos 10 (anos), a força pública
de mais tradição no Brasil, a milíca do alferes tiradentes, mistificada pela figura mais emblemática da inconfidência mineira, de rígida disciplina rompeu com um ciclo inimáginavel entre hierarquia e estado de necessidade.
Tratados como bandoleiros e insubordinados, passando até a condição de líderes de motim, abriu-se das torres do poder, a orientação mais politicamente incorreta, que fora a repressão indiscriminada, baseada em achismo, juizos pessoais, caprichos hierárquicos, vaidades sustentada pela maldade de uns poucos, que acreditavam que reprimir os inssurgentes e revoltosos, era uma medida de resgate e valorização da disciplina, contrária ao que todos desejavam que eram ser tratados igualmente, sem corporativismo associado ao posto, que compõe os mais altos cargos da hierarquia das organizações estatais, potencializado em uma organização com caracteristicas totais, como a Polícia Militar, impermeabilizada aos princípios do estado democrático de direito, o que restringe a implantação e a aplicação de uma cultura de polícia comunitária.

O profissional de segurança pública, descobriu, depois de séculos de existência, que é o único e exclusivo, trabalhador que dispõe de sua vida, para exerver suas atividades de prover a segurança dos cidadãos, como função típica de estado, mas permancemos encobertos pelo obscurantismo político democrático, subordinado a dogmas do passado que se orientam por um doutrina de concepções racistas, preconceitusas e discriminatórias, que são obstáculos intransponíveis para uma nova era, a era da polícia cidadã, em sua primitiva origem inspirada nos filosofos gregos, cidadãos das cidades estado.
Não somos, e jamais seremos donos de nossas ideias e opiniões, resguardando-nos no manto do sagrado direito de expressar, ante este dilema, de natureza moral é possível que morrarmos silenciosos, esperando que alguém em algum lugar, simplesmente apareça, para nos doar generosamente, salários justos e compatíveis, com a instransferível e indelegável missão, de cumprir obrigações, mesmo com o sacríficio da própria vida, princípio solene que compõe o juramento da profissão, como nenhum outro profissional, civil ou público, pois é uma característica inerente ao risco da atividade, que nem sequer é objeto de valorização por parte do governo e da sociedade.
Não dá mais para ficar passivamente esperando que algo de extraordinário aconteça, caso não haja um sentimento de solidariedade capaz de unir todas as forças de segurança pública do Brasil, numa inédita e histórica manifestação que marcará para sempre os anais da capital do poder, se não formos uma constelação de fardas, divisas e cores, no esplanda dos ministérios, corremos o risco de ser reduzidos a um bando de frouxos, covardes e medrosos, adjetivos que não compõe a forja do policial brasileiro.
Se como afirmou Paulo Bernardo, Ministro do Planejamento, que nasceram politicamente em período de perturbações e greve no Brasil, ficará muito mais fácil, construir um acordo, com sua experiência em movimento conturbados e provindos de flagrante desigualdade, de um segmento que cansou de ser só mais um número na violenta ação entre crime e legalidade. 
Devemos estabelecer e ampliar ainda mais a comunicação pelas ferramentas digitais, como e-mail, redes sociais, blogs, sites e outras milhares para enriquecermos o debate, como instrumento de libertação e emancipação das pessoas, e isto pode vir a ser um mancial de aprendizado e construção política coletiva, como já podemos observar pelas qualidades e diversidades de notícias, opiniões, ideias, reclamação, crítica, e propostas, unas até nem tanto razoáveis, mas com liberdade para falar, pronunciar, participar e descobrir o mundo fantástico do saber, como alavanca do desenvolvimento e progresso da humanidade e do espiríto de justiça na pacificação de conflitos humanos.
Temos que começar imediatamente uma ação em sintonia, pela rede de blog e afins sobre a marcha para Brasília, nos dias 23 e 24 de novembro, pois penso que só teremos uma única chance de sermos ouvidos, e se não for agora, não saberemos quando teremos a oportunidade de causar a boa impressão e disposição de lutar sem tréguas por um direito legitímo de ser proporcionalmente recompensado com uma valorização salarial que atenda as necessidades elementares de sáude, segurança, comodida, e estabilidade financeira, que assegure tomar medidas adicionais de segurança para si e sua família.
Vamos a luta sem nenhum medo de represália ou agressão, vivemos e assistimos este filme todos os dias, e já estamos acostumados a ver, ser e ir para o confronto, se necessário for como medida de legiltíma defesa, por estar concretamente agindo no exercício de um direito constitucional de expressar, manifestar, de se reunir, e de reivindicar, afinal somos também trabalhadores, ainda que com um atributo de sangue com o estado.
O que nos dá mais naturalidade para o enfrentamento de conflitos, que podem ser resolvidos com uma ação inteligente e articulada em debate promovido pelo governo federal com a participação da frente parlamentar de defesa dos policais e bombeiros militares, entidades representativas de todas as categorias, para que em uma abordagem da segurança pública, se aplique políticas de valorização salarial e da carreira, como vetor de estimulo para melhoria dos indíces de criminalidade e mudança estruturais profundas em todo sistema de persecução criminal, com resgate da ética, da probidade, da honestidade, e da eficiência no serviço público.

Blog do Cabo Júlio