quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Eles agora estão vestindo uniforme de presidiário.

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) divulgou na noite desta quarta-feira, foto dos dois agentes presos tentando entrar com drogas e outros aparelhos eletrônicos, vestindo uniforme de presidiário. Raphael Alves Teixeira e Leonardo Gomes de Pinho Dias tentavam levar o material para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste, na madrugada desta quarta-feira. Eles estão presos em Bangu 1.
Segundo informações da Seap, o as drogas eram levadas dentro do carro de um dos agentes penitenciários presos.As investigações sobre o caso duraram três meses até que as prisões fossem efetuadas.
Cocaína, maconha e até video game
As prisões ocorreram após investigação que apurava o envolvimento de inspetores penitenciários com o tráfico de drogas. Os agentes da Seap receberam a informação de que os colegas Raphael Alves Teixeira e Leonardo Gomes de Pinho Dias estariam por volta de meia-noite em um carro preto na Vila Kennedy.
Na Rua Cupertino Marques, na Favela da Metral, eles conseguiram prender Viviane Santos Gonçalves da Silva e Paulo Marcos Almeida de Castro, em um Focus preto. Os dois inspetores também foram presos no local. Houve troca de tiros. Policiais do Posto de Policiamento Comunitário (PPC) da Vila Kennedy deram apoio aos agentes.
Foram apreendidos cerca de 70 quilos de cocaína e 10 de maconha, 382 chips de telefones celulares e vários aparelhos, aparelhos de DVD e de video games, CDs de jogos eletrônicos, material para refino e endolação de drogas e uma balança de precisão, além de uma pistola calibre 45 com 22 munições intactas. A 'encomenda' seria entregue a presos de Bangu.
De acordo com os agentes, as investigações sobre a participação dos inspetores da Seap foi comprovada através de escutas telefônicas autorizadas pela justiça e de gravações. A entrada do material apreendido no presídio envolveria também um esquema de corrupção que está sendo investigado.
Segundo o delegado adjunto da 33ª DP (Realengo), central de flagrantes da região, Luís Henrique Cruz, os presos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. A pena máxima para o primeiro crime é de 15 anos de prisão.
O Dia