segunda-feira, 25 de março de 2013


Cúpula da PMMG e Governador preocupados com popularidade e marketing





O Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, comandante em chefe da Polícia Militar, preocupado com popularidade e marketing, condenou, prematuramente, o Cabo Divino do BPTRAN, responsável pela ocorrência no último dia 17, na Estação do Metrô José Cândido da Silveira, à execração pública, ao apoiar-se unicamente em uma versão publicada pela imprensa mineira.

As imagens que circulam o mundo é o registro de parte de uma ocorrência que, nem sequer mostra agressões vindas do policial, mas sim a infratora algemada. Além disso, mostra duas cidadãs convencidas de que a mídia prefere o sensacionalismo, pois aumenta a audiência, à apuração correta dos fatos. Ao mesmo tempo também convencidas de que a legislação protege mais o infrator do que “a autoridade” da qual estava investido Cabo Divino, se sentiram no direito de desafiar a lei e se defenderem agredindo fisicamente o policial.

O militar agiu corretamente de acordo com a legislação em vigor, e, dentro das doutrinas operacionais estabelecidas pelo Estado para sua atuação, uma vez que a legislação não distingue sexo para uso de algema.

O Policial Militar agiu corretamente também ao solicitar prioridade na rede rádio. Afinal, havia risco de fuga e as infratoras agrediram o militar que estava sozinho. O pedido de prioridade foi para garantir a integridade do policial e também para que a lei pudesse ser cumprida.

A Aspra está convencida que a versão apresentada pelo Cabo Divino para os fatos são os verdadeiros, e, que a Polícia Militar como sempre fez, através do devido processo legal, irá apurar os fatos. O que é lamentável é saber que Cabo Divino já está condenado pela mídia, que só ouviu e quis ver os fatos a partir de uma imagem com uma versão parcial e distorcida, publicando-a e construindo uma opinião pública.

Para o presidente da Aspra, Cabo Marco Antônio Bahia Silva, “é inaceitável que o Governador Antônio Anastásia tenha patrocinado um julgamento e uma condenação pública do Cabo Divino, ao determinar a presença da Coronel Cláudia, Comandante da 1ª RPM e do Assessor de Comunicação Social da PMMG, Tenente Coronel Alberto Luiz, à casa das infratoras. O governador passa um recado claro aos infratores e bandidos: podem agredir e matar policiais que o Estado irá lhes proteger. Haja vista que no sepultamento do soldado que foi cruel e covardemente assassinado no último dia 21, por dois infratores,  não houve nenhuma repercussão na mídia e/ou condenação pública por serem menores de idade. Estávamos nós, seus companheiros de farda e de risco, mas a imprensa não estava presente. Talvez pelo fato do sepultamento ter sido à tarde, e, um policial assassinado ser mais um. Isso não dá IBOPE”, ressaltou Cabo Bahia.

A Aspra foi, em defesa do policial militar, e, em visita ao Batalhão de Trânsito conversou com Cabo Divino e Ten Cel Lemos, que destacou a conduta do policial por cumprir as doutrinas do Estado.
A Aspra considera essa execração pública patrocinada pelo Governo e pela mídia, uma violação dos direitos constitucionais do Cabo Divino. Assim, irá recorrer à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia para realizar uma Audiência Pública, talvez o único espaço em que o Cabo Divino terá para se manifestar publicamente e apresentar sua versão dos fatos.

Será que a mídia e o governo vão aparecer?

Ana Paula Soares

Jornalista responsável pela Assessoria de Imprensa ASPRA MG
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