terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Promoções na PMMG

Publicado o ato de promoção dos oficiais e Sargentos que ocorrerá no próximo dia 25.  Quero ver se eles publicarão antecipadamente o ato de promoção dos Soldados à graduação de Cabo que farão jus à promoção no dia 1º de Janeiro de 2015! Duvido muito.

E mais essa agora!!!

MPS CRIARÃO BANCO DE DADOS NACIONAL SOBRE MORTES COMETIDAS POR POLICIAIS. "E O BANCO DE DADOS DE PMS MORTOS?"

E o banco de dados dos policiais militares mortos?

Na foto, 2 PMs mortos durante abordagem no Paraná 
no dia 4 de agosto
Para CNMP, “o uso desmensurado da força policial, em vez de reduzir a violência, promove o seu fomento e compromete a credibilidade das instituições”

Com o objetivo de combater as rotineiras falhas em inquéritos policiais instaurados pela Polícia Civil para investigar mortes por membros das forças de segurança, a Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública, do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), vai criar um banco nacional com dados sobre todas as mortes cometidas por policiais militares e civis no Brasil.

A criação do banco nacional de mortos pelas polícias terá informações como: nome da vítima, data e horário da morte, cidade, nomes dos policiais responsáveis pela morte, local de trabalho dos policiais, número do inquérito policial instaurado para apurar a morte cometida pelos policiais, informação se a morte foi ou não comunicada imediatamente ao Ministério Público, se o delegado da Polícia Civil foi ou não pessoalmente ao local da morte, se foi ou não realizada perícia na cena do crime, se foi ou não realizada necropsia, situação do inquérito policial (com diligências ou não, se foi arquivado ou se os policiais responsáveis pela morte foram denunciados à Justiça).

O projeto do CNMP prevê que o banco nacional de mortos pelas polícias começará a ser alimentado com informações a partir de janeiro de 2015. A apresentação do banco de dados aconteceu no sábado (20). Os membros dos Ministérios Públicos de cada Estado terão a função de inserir os dados sobre as mortes cometidas por policiais no banco de dados, segundo o documento “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, lançado recentemente pelo CNMP.

Para o CNMP, “o uso desmensurado da força policial, em vez de reduzir a violência, promove o seu fomento e compromete a credibilidade das instituições policiais perante a sociedade”.

“E o mínimo que uma sociedade que conviva em um efetivo Estado democrático de direito é que, ocorrendo uma morte decorrente de intervenção policial, seja realizada a investigação, por meio da instauração do respectivo inquérito policial, ainda que exista um conjunto probatório a autorizar a conclusão da autoridade policial de que a conduta do agente estatal estava amparada em uma causa excludente de ilicitude”, consta no documento do CNMP.

FONTE: R7

Blog do Cb Júlio

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

'NUNCA VI TANTA DROGA", DIZ HOMEM QUE PRESTOU SOCORRO EM ACIDENTE EM SP

Maconha ficou espalhada por mais de 200 metros de pista (Foto: Dione Aguiar / G1)

Carro ficou destruído e vítimas foram levadas para hospital (Foto: Dione Aguiar / G1)

Um acidente envolvendo um veículo de passeio e um caminhão deixou cerca de 500 quilos de maconha espalhados pela rodovia Régis Bittencourt, na região de Registro, no Vale do Ribeiro, interior de São Paulo, na manhã deste sábado (29). O bombeiro Felipe Barros, de 33 anos, foi um dos primeiros a prestar socorros as vítimas.

Barros conta que estava voltando para casa, na cidade de Pariquera-Açu, quando viu o acidente. "Estava logo atrás do veiculo de passeio. Quando parei no local do acidente, vi que uma das pessoas foi jogada para fora do veículo e prestei os primeiros socorros para tentar evitar qualquer tipo de complicação", explica.

Sobre a droga que ficou espalhada na pista, o bombeiro afirma que demorou para entender o que estava acontecendo. "Nunca vi tanta droga na minha vida. Era muita maconha. Era possível ver os tabletes espalhados a uma distância de até 200 metros. Por conta do acidente, as vítimas não conseguiam falar nada", finaliza.

Acidente - O veículo de passeio que transportava a droga bateu de frente com um caminhão na altura do km 452 da rodovia Régis Bittencourt, na altura de Registro, e acabou capotando. Os tabletes ficaram espalhados por mais de 200 metros da pista, prejudicando o tráfego de veículos.

Segundo a Polícia, o casal que estava no veículo, seguindo no sentido São Paulo, acabou ficando ferido no acidente. A mulher foi levada para o Hospital de Pariquera-Açu. Já o rapaz foi encaminhado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e será transferido para o Hospital São José, em Registro. Os dois estão sendo acompanhados por agentes e serão presos por tráfico de drogas assim que receberem alta.

Esta é a segunda apreensão de drogas na mesma região em menos de 24 horas. Na tarde da última sexta-feira (28), a Polícia Rodoviária apreendeu quase uma tonelada de maconha. Os tabletes estavam em um carro roubado que era dirigido por um adolescente de 16 anos. A droga era transportada do Paraguai e seria levada para São Paulo. Somente neste ano, a Polícia Federal já apreendeu no Vale do Ribeira, mais de 3,5 toneladas de maconha.

FONTE: G1

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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Oficiais, como sempre...


Oito oficiais são denunciados por treinamento que terminou com morte de recruta; penas podem chegar a mil anosPaulo Aparecido Santos de Lima morreu após treinamento no CFAP: oito oficiais denunciados
Paulo Aparecido Santos de Lima morreu após treinamento no CFAP: oito oficiais denunciados Foto: Álbum de família / EXTRA

Rafael Soares

Um ano após a morte do recruta Paulo Aparecido Santos de Lima após uma sessão de treinamento dentro do Centro de Formação e Aprimoramento de Praças da PM (Cfap), oito oficiais foram denunciados à Justiça pelo crime. Os capitães Sérgio Batista Viana Filho, Renato Martins Leal da Silva, Diego Luciano de Almeida e os tenentes Slan Guimarães Procópio, Gerson Ribeiro Castelo Branco, Felipe Caetano de Aguiar, Paulo Honésimo Cardoso da Silva e Jean Carlos Silveira de Souza foram acusados dos crimes militares de maus-tratos e lesão corporal. Como, para o MP, os crimes foram cometidos contra todos os 482 alunos da turma de Paulo Aparecido, os oficiais, se condenados, podem ter pena de mais de mil anos de reclusão.
Ao todo, o promotor Paulo Roberto Mello Cunha Junior, que atua junto à Auditoria Militar, elaborou três denúncias para individualizar a conduta dos oficiais. Os documentos tiveram como base depoimentos e questionários respondidos por todos os alunos da turma e exames de corpo de delito de todos os lesionados.
Pelo crime de maus-tratos seguido de morte cometido contra Paulo Aparecido, vão responder os capitães Leal — que, segundo o texto da denúncia, comandava a instrução — e Sérgio e os tenentes Silveira, Aguiar, Procópio e Castelo. De acordo com o documento, os oficiais privaram Paulo “de cuidados indispensáveis e abusaram de meios de correção ou disciplina”. O crime tem pena de até dez anos.

Treino da turma no Cfap: para promotora, serão investigados maus-tratos contra 490 alunos
Treino da turma no Cfap: para promotora, serão investigados maus-tratos contra 490 alunos Foto: Mauricio Sousa da Silva

Em outra denúncia, o promotor apontou os oito oficiais que estavam presentes na instrução dos dias 11 e 12 de novembro de 2013 como responsáveis pelas lesões leves e graves de 31 alunos. Nesse caso, cada oficial vai responder, 13 vezes pelo crime de maus-tratos seguido de lesão corporal grave, que tem pena máxima de quatro anos, e 22 vezes pelo crime de lesão leve, com pena de até um ano de prisão. Já no terceiro documento, os mesmos oito oficiais são denunciados por maus-tratos simples 900 vezes — uma para cada aluno presente em cada um dos dois dias de instrução. Na denúncia, todos os recrutas são citados. Segundo o Código Penal Militar, a pena máxima de detenção é de 30 anos.
Ao EXTRA, o promotor que assina a denúncia afirmou que “uma formação violenta reflete no comportamento do policial durante o ofício”.
— Se o policial militar, já durante sua formação, não é tratado com dignidade, não é valorizado nem respeitado, como esperar que ele demonstre apreço pela função, compromisso com a corporação e com a sociedade? — disse Paulo Roberto Cunha.

Enterro do recruta PM Paulo Aparecido Santos de Lima no cemitério de Engenheiro Pedreira
Enterro do recruta PM Paulo Aparecido Santos de Lima no cemitério de Engenheiro Pedreira Foto: AlexandroAuler / Extra

Procurada, a PM informou que, “após o início do processo penal, podem ser tomadas medidas administrativas” contra os oficiais, que não estão mais lotados no Cfap.
Leia a nota da PM na íntegra:
“A PM abriu Inquérito Policial-Militar (IPM) para apurar a morte do aluno Paulo Aparecido Santos de Lima no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças, em novembro do ano passado. Este IPM resultou em denúncia que a Justiça irá analisar. Após o início do processo penal, podem ser tomadas medidas administrativas no âmbito da corporação”.
O cálculo da pena que cada um dos denunciados pode receber foi feito da seguinte forma, com base na denúncia do MP:
Paulo Aparecido: seis dos denunciados vão responder por maus-tratos com resultado morte (com pena máxima de dez anos).
Recrutas feridos: cada um dos oficiais vai responder 13 vezes por cada um dos lesionados gravemente (com pena de até 4 anos). Já 22 recrutas tiveram lesões leves. Para cada um deles, os oficiais vão responder por dois crimes: maus-tratos simples e lesão corporal leve, cada delito com pena máxima de um ano. A soma dos crimes pode chegar a 96 anos.
Demais alunos: os oficiais vão responder uma vez para cada um dos 900 casos — 450 alunos em dois dias — de maus-tratos simples. A pena total pode chegar a 900 anos.
A soma total das penas máximas chega a 1.006 anos. Segundo o Código Penal Militar, as penas devem ser somadas.

O CFAP, onde os alunos passam por treinamento
O CFAP, onde os alunos passam por treinamento Foto: Paolla Serra / Extra

Relembre o caso
Em novembro do ano passado, o EXTRA revelou que Paulo Aparecido Santos de Lima havia dado entrada no Hospital Central da PM no dia 12, após uma sessão de treinamento no CFAP, em Sulacap, na Zona Oeste. No dia, a temperatura no CFAP chegou aos 42°C. Ele tinha queimaduras na mão e nos glúteos, além de insolação. Uma semana depois ele teve morte cerebral decretada. Segundo depoimentos de companheiros de turma, quem não conseguia acompanhar a turma, era submetido a choque térmico com água gelada ou era obrigado a sentar no asfalto quente. Na ocasião, a PM enviou nota afirmando que “o aluno sofreu um mal súbito enquanto estava em forma”.

Fonte: Extra

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Coronel pode tudo? Na PMMG sim!!

UMMG, PRESIDIDA POR CORONEIS, TEM PRIVILÉGIO DO COMANDO DA PM


A UMMG - União dos Militares de Minas Gerais, entidade privada sem fins lucrativos presidida, desde a sua fundação por coronéis da PMMG, tem tido um tratamento diferenciado por parte do Comando em detrimento das demais entidades de classe.

Mesmo esta entidade cobrando mensalidades de seus associados, é a única entre todas que tem sala dentro dos quartéis usando luz, água, espaço público e pasmem até o telefone dos quartéis como se particular fosse, pagos pelo Estado.

Por exemplo no 11º BPM em Manhuaçu, a unidade tem na sua entrada uma sala da P5 e ao lado a sala da UMMG. As outras entidades tem salas neste Batalhão? Não tem. Pagam aluguel fora da unidade e ainda arcam com todas as despesas de luz, IPTU, telefone e água.

Estamos requerendo ao Comando da Polícia Militar que informe quanto a UMMG paga de aluguel pelo uso destas salas nas unidades do interior. Quando foi feita a licitação do espaço e se as outras entidades participaram da licitação do espaço? Quanto esta entidade paga de conta luz, conta de água e telefone?

Se não houve concorrência, que os comandantes das unidades tomem providências em 24 horas e será informado ao Ministério Público para apurar o uso de bens do Estado por uma entidade privada no interior dos quartéis.


Deputado Estadual CABO JULIO

Blog do Cb Júlio

domingo, 23 de novembro de 2014

VEREADOR É CONDENADO POR FALSA ACUSAÇÃO A SARGENTO

Guinho vai ter que pagar R$ 6 mil para o Sargento Alan por danos morais.

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Nesta quarta-feira (19/11), saiu a decisão judicial sobre as falsas acusações feitas em plenário pelo vereador Wagner Tarcísio de Morais (GUINHO) ao Sargento Alan Almeida da equipe Tático Móvel de Polícia Militar.

A Juíza de Direito Andreia Lopes de Freitas, entendeu que o VEREADOR excedeu o limite da inviolabilidade parlamentar e ultrapassou o direito de livre manifestação de pensamento, o que resultou na difamação da imagem do Sargento Alan e no abalo de sua reputação pessoal e profissional.

A imunidade parlamentar é relativa e não absoluta, pois encontra limitação nos direitos da personalidade da vítima, garantidos, igualmente, por preceito constitucional.

O Vereador foi condenado a pagar uma indenização por danos morais para o Sargento no valor de R$6mil com juros e correção a partir da decisão judicial.

“O efeito pedagógico que a indenização deverá surtir para evitar que fatos dessa natureza voltem a se repetir – que a parte ré (Vereador) não volte a exceder sua imunidade parlamentar se esquecendo que a liberdade de expressão tem dois limitadores intransponíveis, quais sejam: o respeito à honra do outro; e a impossibilidade de abuso no exercício do direito -; e o dano sofrido pela parte autora (Sargento Alan) – pessoa de bem, policial militar que, até então, não registra em seu extrato de registro funcional qualquer punição disciplinar10 que se viu assediada e humilhada em virtude da conduta da parte ré (Guinho), fato que lhe trouxe desgosto íntimo, angustia, desgaste emocional e mácula a sua honra -. Portanto, concluo que o valor da indenização deverá corresponder R$ 6.000,00.” Redigiu a excelentíssima Juíza Andreia Lopes de Freitas.

Outros militares se sentiram ofendidos com as acusações do vereador feita a PM e também entraram com processos por danos morais contra GUINHO.

Vale a pena ressaltar que a decisão da Juíza em Alfenas, servirá de estímulo para que outras vítimas (jornalistas e servidores municipais) do vereador procurem seus direitos e entrem com processos contra o mesmo. A última vítima do Vereador Guinho foi o Senador Aécio Neves, após o resultado da derrota nas eleições para presidente, o vereador veio em plenário e chamou o Senador de NÓIA.


Blog do Cabo Júlio

SE POLICIAIS PEDEM SOCORRO, ESTARIA O CAOS INSTALADO?

Ontem, 5ª-feira (20), policiais civis e militares
se reuniram em protesto por mais proteção
no bairro Lagoa / Venda Nova em solidariedade
ao Sd Araújo que vem sofrendo intimidações
de traficantes vizinhos a sua residência
Falta força de vontade, camaradagem, organização e material humano e logístico? Estamos vivendo a realidade de outros Estados brasileiros em que o “ser policial” passou a ser um quesito a mais que expõe o ser humano à violência?

Todas às vezes que ocorre uma ação policial bem sucedida em determinada região os policiais que residem nesta mesma região ficam à mercê de retaliações dos infratores locais. Uma polícia acuada é o que não queremos e não teremos. 

Na noite do dia 7 de setembro o soldado Ivanildo Souza de Lima, lotado na 7° Cia, teve a residência arrombada e incendiada. Na noite dessa quinta-feira (20) policiais militares e civis se reuniriam em frente a casa do Sd Araújo no bairro Lagoa em Venda Nova em protesto contra a ousadia e tentativa de intimidação de traficantes moradores da mesma rua do PM. Na sexta-feira (21), após policiais da ROTAM terem 'pulado' em uma boca de fumo próxima a casa do Sd Mainart, da 20ª Cia, morador da região leste de BH, bandidos apedrejaram a casa do militar.  

Estratégias para coibir tais ações, inclusive, estão previstas na Resolução da PMMG – Resolução PRO-APOIO que foi muito ventilada, publicada em junho deste ano, porém ainda não está sendo colocada em prática. Inclusive eu cobrei do comando a imediata implementação da resolução no dia 9 de setembro e não obtive resposta até hoje.

Há inclusive a criação do GERI – Grupo Especial de Pronta Resposta que atuaria direta e imediatamente nos casos como os que vem acorrendo – Policiais Militares sendo ameaçados pelos infratores que residem/atuam nas regiões onde estes policiais possuem residência como forma de retaliação às ações policiais bem sucedidas.

Infelizmente falta é boa vontade mesmo – pois se um policial for ameaçado deve sim ser dada a devida resposta com presença policial ostensiva no local. 

Não adianta discursos e luz dos holofotes. Ação é o que precisamos. Os responsáveis por manter a ordem e paz social não podem ser encurralados como tem sido.

Policiais saindo de seus lares ou tendo de mandar seus familiares para longe em razão de ameaças de marginais que também residem em seus bairros.

Então é isso: Há necessidade de reforçar o policiamento no local e implementar medidas no sentido de identificar e localizar tais infratores e que o sistema criminal funcione. Ou seja, que tais infratores sejam penalizados conforme a legislação vigente.

Se Policiais pedem socorro quer dizer que o caos está instalado.

E respondendo ao questionamento inicial. Falta sim força de vontade pois temos uma polícia forte. Basta querer que tais fatos irão cessar.

A RESOLUÇÃO N 4314, DE 02 DE JUNHO DE 2014. Cria, no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais, o Programa de Acompanhamento e Apoio aos Policiais Militares - PROAPOIO -, envolvidos em ocorrências que menciona; estabelece diretrizes para a efetivação do acompanhamento e apoio e dá outras providências.

Inclusive já houve cobrança no sentido de se colocar em funcionamento o que está previsto no papel, especialmente no tocante ao grupo de pronta resposta.

DO GRUPO ESPECIAL DE RESPOSTA IMEDIATA (GERI):

Art. 14. Fica criado no âmbito da RPM o Grupo Especial de Resposta Imediata – GERI –, para atuar em razão das situações descritas nos incisos II e III do §1º, do art. 1º desta Resolução, com as seguintes atribuições:
I - reunir informações acerca da ocorrência motivadora;
II - envidar esforços no sentido de efetuar a prisão de agentes envolvidos com a
infração penal;
III - atuar em conjunto com a polícia judiciária comum ou militar no cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão;
IV - atuar em conjunto com as equipes especializadas da PMMG, para o êxito das atividades constantes do Programa;
V - atuar preventivamente prestando segurança aos militares abrangidos pelo

Programa, bem como a seus familiares;
VI - promover a captura, detenção ou prisão do autor do delito.
§ 1º O Grupo será constituído por equipe interdisciplinar de policiais militares, que serão reunidos para o fim estabelecido no §1º deste artigo, somente durante a realização das diligências. 
§ 2º O GERI da RPM onde reside o policial militar lotado em Unidade Administrativa será o responsável pela adoção das medidas previstas neste artigo.
Art. 15. A APM, através do CTP, providenciará treinamento para os grupos criados na forma do artigo anterior, de modo a capacitá-los a desenvolver as ações com eficiência e eficácia, dentro dos parâmetros de respeito aos Direitos Humanos.
Art. 16. Os Comandantes, Diretores ou Chefes deverão manter contato direto com as autoridades de polícia judiciária, do Ministério Público e do Poder Judiciário, no intuito de priorizar as ações relativas à vitimização de policiais militares.

Fonte: Blog do Cabo Júlio

ATÉ QUANDO TEREMOS NA PM COMANDANTES AUTORITÁRIOS, HIPÓCRITAS E ARBITRÁRIOS?


Me assusta termos até hoje comandantes que parecem viver em outro mundo. Em Juiz de fora, no 27o BPM o SubCmt da unidade deu ordem para vários militares se apresentarem amanha na P2 da unidade com seus veículos particulares para serem apreendidos por atraso no pagamento do IPVA.

Não obstante o Estado de Minas e a própria PMMG serem péssimos pagadores são bons cobradores. Não pagam a PP, nao pagam diárias, não pagam ajudas de custo entre outras coisas que o ESTADO/PMMG são péssimos em suas obrigações como credores. O pior disso tudo é que aqueles que vão fiscalizar dentro do quartel o fazem arbitrariamente porque o CTB não se aplica a via privada, logo, o militar pode ter seu veículo apreendido na rua mas não pode ter seu veículo apreendido dentro do quartel. Isso se chama abuso de autoridade.

Ademais todos esses "fiscalizadores" usam viaturas do Estado para se locomoverem  ilegalmente de casa/almoço/casa/trabalho sem ter esse direito enquanto o cidadão espera horas a fio por uma viatura para uma ocorrência. Fazer apreensões na rua é dever dos órgãos fiscalizadores, dentro do quartel em via privada é ilegal.

Nesta mesma unidade tem uma viatura exclusiva para uma autoridade que ninguém pode rodar nela com insulfilme e rodas de alumínio, ainda que falte viaturas no turno.E o pior da hipocrisia é que a PMMG tão rigorosa fechou os olhos para um Coronel RPM que não pagava IPVA de seu carro desde 2012 e ainda estava com a carteira vencida. Será que é a volta da hipocrisia reinante na PMMG?

RESPOSTA AO COMANDO DO 27 BPM

Hoje recebi várias ligações de militares desta unidade afirmando fatos bem diferentes daquilo que o Comandante do Batalhão afirma em sua nota.

Inicialmente é importante frisar que militares foram determinados a comparecer sim, na P2 da unidade amanha as 14 hs para serem ouvidos e ainda apresentarem os documentos dos veículos, sob pena de serem apreendidos.

Dentro de algumas unidades não existe esta falácia de comandantes "sensibilizando" seus subordinados. Sabemos que a caneta é que faz muito bem este papel.

Quanto ao fato de ser filho de um Sargento em nada muda a falta de confiança dos militares que acionaram nosso gabinete. Afinal, se houvesse confiança, seria muito mais facil adentrar ao gabinete do comando local do que acionar um parlamentar em Belo Horizonte.

Reitero aos companheiros que o papel dos representantes de classe é de lutar contra as arbitrariedades que esperávamos não acontecer em Juiz de Fora, e que estamos prontos para o embate com este comandante na luta em prol dos direitos dos militares da Zona da Mata.

E por fim nosso agradecimento ao Comandante Regional CEL PM Jose Geraldo de Lima que mesmo estando em Belo Horizonte ao ser informado tomou providências.

Deputado Estadual Cabo Julio

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''QUER DIZER QUE A PATENTE DELE ESTÁ ACIMA DA LEI?'', DIZ TENENTE QUE COMANDA A "LEI SECA" EM NATAL

Foto do tenente Styvenson embarcando para Brasília se espalhou nas redes sociais  (Foto: Autoria desconhecida)Styvenson Valentim se tornou referência na cidade quando o tema é Lei Seca. Fotografado por onde passa, o oficial também é alvo de provocações.

Admiração, respeito, raiva, medo. O tenente da Polícia Militar Styvenson Valentim, responsável desde o início do ano por coordenar a Operação Lei Seca em Natal, desperta os mais variados sentimentos na população. Apontado como 'linha dura', o tenente prefere ser chamado de 'incansável'. Rígido na aplicação da leis de trânsito, o oficial se tornou um personagem presente nas rodas de conversas entre as pessoas que temem ser paradas nas barreiras de fiscalização. Embora ele conte com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito e da Polícia Civil, é ele o centro das atenções.

Na última semana, Styvenson foi fotografado no aeroporto quando embarcava para um treinamento em Brasília. A legenda da foto, que rapidamente se espalhou pelos grupos do aplicativo WhatsApp, dizia: "Bora beber que o homem viajou... Vai com Deus, tenente Styvenson". A piada foi revidada com uma blitz assim que ele retornou da viagem. Resultado: 26 pessoas foram presas por dirigirem embriagadas.

Mas não parou por aí, o tenente agora é fotografado por onde passa. Imagens dele na praia e no supermercado circulam nas redes sociais. "Ser fotografado não me incomoda. O que incomoda é a imagem vir seguida de um incentivo a beber e dirigir. Isso me deixa chateado", diz o tenente sobre as montagens feitas com fotos dele.

Em 2011, Styvenson Valentim passou 15 dias preso por ter autuado um major que dirigia embriagado. Segundo ele, a alegação foi a de que ele deveria ter chamado um oficial da mesma patente para autuar o major. "Eu nunca engoli isso. Quer dizer que eu deveria ter chamado outro major, ou um coronel, às 3h da manhã porque eu, como tenente, não posso atuar um major? Quer dizer que a patente dele está acima da lei?", questiona.

Tenente Styvenson Valentim coordena a Operação Lei Seca em Natal      (Foto: Fernanda Zauli/G1)
A prisão não intimidou o tenente. Em 6 de janeiro deste ano, ele assumiu o comando das fiscalizações da Lei Seca na capital potiguar. Desde então, foram quase 50 mil pessoas abordadas, 3.700 carteiras de habilitação retidas e 780 pessoas presas por crimes de trânsito.

Não existe uma estatística oficial da redução do número de acidentes após o início do trabalho do tenente, mas ele acredita que o resultado é positivo. “Eu preciso montar as operações voltadas para um objetivo. E qual é o objetivo? É a multa? Claro que não. Eu ganho muito mais em evitar um hospital cheio de vítimas de acidentes. Empresas vão ganhar porque o funcionário não vai se acidentar, não vai ficar afastado do trabalho. Famílias não vão perder parentes. É muito além do que multas. Quem pensa que todo esse trabalho é feito por multas é mesquinho e não consegue enxergar a grandiosidade do trabalho. A motivação da minha equipe é preservar a vida, é mudar conceitos, é dar segurança à sociedade. Nosso trabalho é gratificante”, afirma.

O trabalho de Styvenson é admirado por muitos, mas também é alvo de críticas. Recentemente um vídeo em que ele aparece esbravejando dentro de um ônibus com pessoas que foram abordadas e presas foi publicado nas redes sociais e a polêmica sobre possíveis excessos do tenente durante as operações voltou à tona.

Para se defender, o tenente apresenta números. Segundo ele, de 6 de janeiro até o início de novembro deste ano, foram abordadas quase 50 mil pessoas e 780 foram presas por estarem dirigindo sob efeito de álcool. “Que eu tenha conhecimento, existe apenas um procedimento aberto contra mim na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública e mais nada. Se eu fosse truculento, não teria mais? Quem se sentir ofendido, achar que houve abuso de poder ou desrespeito à dignidade durante as abordagens, tem todo o direito de denunciar”, ressalta.


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sábado, 22 de novembro de 2014

Quem quiser que faça o meu trabalho! (Parte 1)



Como cidadão, que acredita na autodefesa, estou bastante incomodado. Como policial, que tem o dever de proteger as pessoas e o Estado, seus direitos e propriedades, eu estou impressionado, no pior sentido da palavra. E como instrutor de armamento e tiro, que tem a intenção de ensinar policiais a sobreviverem aos confrontos armados, eu estou pensativo.

A partir de agora, todas as instituições policiais brasileiras terão um desafio NUNCAimaginado. É um desafio fora do comum e que pode servir de base para um filme de ficção científica capaz de vencer todas as categorias do Prêmio Oscar. Se as polícias brasileiras conseguirem vencer esse desafio, todas as polícias e forças armadas no Planeta Terra, do Espaço Sideral e do Além nos enxergarão como exemplo único de eficiência e eficácia profissional.

Se tudo der certo, o FBI, o DEA, o U.S. Marshall, a Scotland Yard, o SAS, o U.S. Navy Seals, os Marines Corps, o GSG9, o Bundespolizei, o Mossad, a Mishteret Yisreal e a Royal Canadian Mounted Police, virão ao Brasil para aprender a extraordinária, nova e peculiar técnica de confronto armado com criminosos. Para isso, contamos com um país que agrega uma variedade de religiões que coexistem em completa tolerância e harmonia.

Nada de estandes de tiro, equipamentos de proteção individual, coletes balísticos, armas de fogo, pólvora, estampidos, comandos, treinamentos, repetições cansativas, sol ou chuva, sirenes, algemas. A nova técnica de reação policial precisará apenas de itens que não são controlados pela legislação: farofa, galinha preta, cachaça, vela, charuto, água benta, hóstia, terço, fita do Senhor do Bonfim, médiuns, oferendas, e muita, mas muita prece e oração.

De agora em diante, as escolas e centros de treinamento policial precisam desenvolver e aplicar uma técnica de tiro que permita ao policial REAGIR SOMENTE DEPOIS DE TER SIDO ALVEJADO. É isso mesmo: ele só pode usar sua arma depois de ter sido alvejado, gravemente ferido ou morto. E como pai (mas não mentor) dessa esplendorosa técnica de tiro e comportamento policial, vou chamá-la de “Técnica do Homem Morto” ou “Dead Man Drill”, para os estrangeiros.

Sete bilhões de habitantes no planeta Terra e ninguém pensou nisso antes?! A técnica é simples: o policial será alvejado por um tiro real. Se ele sobreviver, poderá reagir e atirar no alvo. Se ele morrer, poderá utilizar métodos de interação além-túmulo para reagir e atirar no alvo. O policial não pode entrar no túnel de luz (que conduz ao céu) e deve utilizar a pistola plasmo-fantasmagórica que surgirá em seu coldre. Se o policial morto não conseguir impedir a ação criminosa e prender o bandido, ele pode deixar que outro policial o faça, desde que sobreviva ao ferimento também. No final, dependendo da inabilidade dos policiais envolvidos na ocorrência, todos responderão processos disciplinares por trabalharem mal, intencionalmente ou não.

Quando os policiais, de países que possuem instituições públicas e privadas comprometidas com a segurança dos seus cidadãos e dos próprios policiais, assistirem a aplicação dessa nova metodologia, ela será imediatamente rebatizada de “Stupid Drill” ou “What a Fuck Drill”.

E então? Essa técnica faz sentido para você? Fique feliz se você respondeu “não”, pois ainda goza de alguma sanidade mental. E agora que eu recobrei minha capacidade de pensar com inteligência, deixarei que a “Técnica do Homem Morto” seja aplica apenas por quem acredita nela.

Excepcionalmente, quem crê na viabilidade desse comportamento antinatural nunca está na linha de frente quando é preciso ser forte para superar o estresse e a adversidade de um conflito com crimimosos e aquilo que eles representam (medo, violência e dor). Esperar que qualquer ser humano freie seu instinto natural de sobrevivência e aguarde ser alvejado para, só depois, reagir não tem explicação legítima, técnica ou moral.

Talvez você não saiba a origem da “Técnica do Homem Morto”. Por isso, transcrevo a argumentação contida num vídeo que circula na Internet:

“Se vocês querem uma resposta jurídica da coisa, para dizer que vocês não tenham nenhuma consequência, não atirem! Vocês só podem atirar a partir do momento que vocês forem alvejados. Vocês não têm uma arma para atacar. Vocês têm uma arma para se defender!”
“Não coloquem a vida de vocês em risco nem a vida de terceiros em risco para pegar um criminoso!”

De algum modo, parte da argumentação tem lógica, ou seja, não faça nada e você não sofrerá consequências. Na verdade, um convite para todos os policiais navegarem na Internet ou jogarem conversa fora nas delegacias e quartéis. Considerando o perigo do trabalho policial, os baixos salários e o desrespeito que enfrentam em razão da profissão, essa ideia é bastante interessante. Segundo, armas nas mãos de policiais profissionais e cidadãos de bem são, sim, instrumentos de defesa. Porém, a mesma arma de fogo só serve para ataque quando está nas mãos dos delinquentes. Por último, não se deve colocar a vida de terceiros (inocentes) em risco para prender criminosos, pois o risco não vale o benefício. Entretanto, como o policial não vai colocar sua vida em risco se for obrigado a ser alvejado primeiro antes de se defender?

Em 2007, escrevi o artigo denominado “O desconhecimento que mata...a legítima defesa!” Desse texto selecionei alguns tópicos importantes.

[...] muitas pessoas acreditam que o risco de vida não existe até que a ameaça ou agressão seja imediata. Essa ideia perigosa força muitos policiais a esperarem até que os criminosos saquem e apontem suas armas para eles ou para pessoas inocentes antes que esses policiais possam neutralizá-los. Pesquisas americanas demonstram que um criminoso é capaz de sacar uma arma escondida e atirar contra um policial antes que esse policial consiga simplesmente apertar o gatilho de sua arma já apontada para o criminoso (Firearms Response Time by Thomas A. Hontz).

[...] a ação é mais rápida que a reação.

Já em 2008, publiquei o texto “Eu vou atirar na perna dele!

Informações sobre confrontos armados indicam que um policial acerta um em cada seis tiros disparados contra o alvo. Isso produz cerca de 17% de aproveitamento, e se já parece ruim, espere até você analisar outro dado que demonstra que aproximadamente 50% dos tiroteios ocorrem em distâncias de até 1,70 m entre o policial e o suspeito. Outros 20% ocorrem em distâncias entre 2 e 3,40 metros. Agora, um homem com uma faca – e com o caminho livre – é capaz de correr 5 m em apenas 1.28 segundo. Assim, não importa quantos disparos sejam feitos, você vai errar a maioria deles, mesmo à queima roupa. Então, quão realista seria se muitas das pessoas que tiveram a SORTE de acertar o criminoso em ação tivessem que calmamente mirar e disparar contra uma das menores partes do corpo? E se essa área ainda tivesse grande chance de estar em movimento? Então, quanto tempo sobraria para a visada perfeita na perna, no braço ou no ombro? NENHUM.

De qualquer maneira, a prática nas academias envolve dois conceitos. O primeiro deles refere-se ao centro de massa, significando apontar a arma para que o projétil vá de encontro à área mais ampla do alvo (o tronco) e, obviamente em cujo local as chances de acerto são maiores. O segundo conceito diz respeito à possibilidade de se atingir órgãos internos localizados nessa área e que permitam uma maciça perda de sangue, levando à inconsciência e à incapacitação.

A intenção de incapacitar, em nada tem a ver com atirar para matar ou mirar para ferir, pois ambas são irrelevantes, pois sua ação de autodefesa está centralizada na percepção de ameaça grave e na capacidade do criminoso matar ou tentar matar você. Se a simples presença da sua arma detiver a intenção do delinquente, o trabalho está feito! Se apenas um tiro no centro de massa persuadir o atacante a desistir, está ótimo! Contudo, se forem precisos 10 tiros pelo corpo para impedir que um criminoso mate você, então...!

Eu não estou defendendo o uso da força letal como forma de punição para criminosos. O que eu estou dizendo, é que você é uma pessoa sensata, com um inalienável direito à vida e à liberdade e que não se envolve em questões alheias, ou seja, você vive pacificamente. E então, alguém o ataca, tenta feri-lo ou matá-lo sem nenhuma razão a não ser com o interesse de tomar aquilo que é seu. Você não está tentando matá-lo, apenas tentando fazê-lo parar. E isso não é errado, é certo! Você tem o direito de fazer o que for necessário para estar a salvo, voltar para casa e para sua família. Mas se você esperar até conseguir a pontaria perfeita e “não letal”, talvez seja tarde demais para você!

Agora, imagine que você (policial, juiz, promotor ou cidadão armado) tenha que aguardar o criminoso alvejá-lo para, a partir daí, adotar uma reação armada. Quão realista isso parece? Quem pode garantir que esse ferimento não será fatal? Será que esse novo conceito será utilizado pelos delinquentes? Porque não realizam seminários nos presídios para avisar aos assassinos, estupradores, traficantes, torturadores, pedófilos, falsários e ladrões que eles também só podem atirar depois de serem alvejados? Afinal, são esses criminosos que nunca hesitam em tirar a vida dos bons brasileiros.

A própria norma que trata da legítima defesa, garante a autodefesa na iminência ou atualidade de um ataque injusto. Ora, se a lei permite uma defesa no prenúncio do ataque, porque esperar o pior desfecho?

Já disse e repito: quem entende o trabalho policial e sabe como ele deve ser feito é a polícia. Seminários, palestras, simpósios e outras reuniões sobre assuntos pertinentes ao universo policial e suas técnicas deveriam ser compostas por especialistas da polícia, salvo raras exceções. Por essa razão, as organizações policiais precisam compreender a importância e urgência na produção de dados e informações técnicas que balizem o trabalho e o comportamento policial na dura realidade dessa tarefa. Policiais que arriscam suas vidas diariamente em benefício de pessoas desconhecidas não podem ser abandonados e colocados na linha de tiro dos que acreditam que eles devem aceitar, CALADOS E IMÓVEIS, o alvejamento, o ferimento ou a morte.

Quem acredita na “Técnica do Homem Morto” não tem permissão para “achar”, interferir, julgar, decidir ou avaliar o instinto natural de sobrevivência que todo ser humano possui. Quem acredita nessa técnica deveria, por respeito ao próprio pensamento, ser unir aos policiais do Rio de Janeiro e enfrentar os traficantes nos morros cariocas. Deveria se unir, lado a lado, aos policiais de São Paulo que lutam contra o PCC, por exemplo. Deveria perguntar aos policiais, juízes, promotores, políticos e cidadãos de países desenvolvidos o que é melhor para o mundo: um policial vivo ou um criminoso.

A vida é preciosa demais para ser entregue de modo tão fácil. E quem acredita que a vida do policial não vale nada que faça o nosso trabalho, principalmente no pior momento.

SE ESPERARMOS QUE CADA POLICIAL SEJA ALVEJADO PARA QUE ELE POSSA REAGIR AO CRIME, EM BREVE NÃO TEREMOS MAIS POLICIAIS NO BRASIL.

Humberto Wendling é Agente Especial, Professor de Armamento e Tiro da Polícia Federal e autor do livro Autodefesa Contra o Crime e a Violência – Um guia para civis e policiais.
E-mail: humberto.wendling@ig.com.br
Blog: www.comunidadepolicial.blogspot.com
Blog: www.autodefesacontraocrime.blogspot.com
Livro: www.editorabarauna.com.br

domingo, 16 de novembro de 2014

O ESCÂNDALO DO BRASILEIRÃO 2013: OS RUBRO-NEGROS E O DESESPERO PARA ACHAR UMA SAÍDA



Prezados leitores, as últimas notícias oriundas do Ministério Público sobre o "Escândalo do Brasileirão 2013" colocaram o Flamengo na defensiva, mais uma vez, assim como, despertou uma preocupação nos torcedores rubro-negros.
Desde a eclosão do escândalo, isso logo após a última rodada do Brasileirão 2013, o Flamengo e a FLAPRESS trataram de defender o clube, nada mais natural.
Logo negaram o erro do Flamengo e da Portuguesa, uniram esforços e tentaram vencer nos tribunais, mais perderam de goleada.
Enquanto o clube agia, a FLAPRESS fazia o seu papel e de forma alucinada tentava jogar a culpa no Fluminense, mas foram também derrotados.
Alguns jornalistas quase morreram diante das câmeras de televisão tentando acusar o Fluminense.
Outros escreveram artigos com gozações para desacreditar as acusações contra o Flamengo.
A FLAPRESS também levou uma surra e foi desmascarada.
Em seguida, a FLAPRESS desenvolveu a OPERAÇÂO ABAFA, não tocando mais no assunto.
O escândalo só foi mantido vivo nas redes sociais graças ao esforço da torcida tricolor de querer ver os fatos apurados até o final para que os responsáveis fossem identificados e punidos.
O Ministério Público logo no início das investigações constatou a existência de ilegalidade na escalação do jogador Heverton, ou seja, indícios davam conta que alguém teria levado vantagem para escalar o jogador irregular. Situação que foi confirmada recentemente pelo próprio Ministério Público.
Como o Flamengo, diante dos indícios, continua sendo o principal interessado na escalação de Heverton, tema exaustivamente comprovado nesse blog, passou a condição de maior suspeito.
O quadro é ruim para o Flamengo, concordamos, isso em face dos indícios, embora ainda não tenha aparecido uma prova concreta de envolvimento de alguém da Gávea no acordo.
Tal situação tem feito torcedores do Flamengo voltarem com comentários sobre temas já superados, mas vez por outra apresentam uma nova versão, como a citada no comentário que a seguir transcrevemos e que foi postado no blog do Coronel Paúl:

COMENTÁRIO:
Anônimo
15 de novembro de 2014 13:16
caro coronel e tricolores alienados, leiam essa materia que diz que em depoimento da secretaria do da lupa ao roberto senise do mp ela conta que recebeu ordem do da lupa para sumir com a comunicação de que o heverton seria julgado no dia 3 aí eu pergunto porque ele faria isso bem antes do jogo do flamengo,será que ele ja sabia que o flamengo erraria na escalação?? quanto a ligação para um membro do stjd nada de anormal nao sei se é verdade mas se for qual o problema?? isso nao quer dizer nada pode ter sido ate pra se antecipar na defesa a minha opiniao pessoal é que isso ja estava arquitetado antes e seria usado caso fosse preciso e foi, lembrando que menbros da unimed foram vistos jantando com membros da portuguesa dias antes e o flamengo bisonhou na escalação, ou entao é coparticipante ao lado do flor pra nao parecer injusto com a lusa ficando a ideia de que a puniçao é a mesma tanto para os grandes quanto para os pequenos ideia essa a menos provavel segue o link; http://www.noticiasfla.com.br/2014/11/da-lupa-escondeu-aviso-sobre-heverton-diz-secretaria.html  (sic).

Os grifos são nossos.
Não perderemos tempo com as ilações do comentarista.
Vamos nos concentrar na notícia.
Nós acessamos o link para saber a origem da notícia.
É um site sobre o Flamengo.
Eis o trecho mais importante:

"SITE COLUNA DO FLAMENTO 
Da Lupa escondeu aviso sobre Heverton', diz secretária. 
"Guarde isso e fique quieta". Foi essa a ordem que a secretária de Manuel da Lupa, ex-presidente da Portuguesa, diz ter recebido do mandatário a respeito de um e-mail enviado pela Federação Paulista de Futebol no dia 3 de dezembro, avisando sobre o julgamento de Heverton pelo Superior Tribunal de Justiça desportiva. 
O depoimento de Magda Zumbano foi dado ao promotor público Roberto Senise, que investiga o caso, em janeiro, e é um dos principais indícios que reforçam as suspeitas de que a antiga diretoria da Lusa tenha escalado o meia de forma irregular de propósito, causando o rebaixamento do clube para a Série B em 2013. 
Magda conta ter recebido o e-mail no dia 3, avisando que o meia seria julgado três dias depois, no dia A correspondência foi repassada a diretores, incluindo o vice-presidente Roberto dos Santos.  Alguns dias depois, - a secretária não sabe precisar a data – foi questionada pelo então presidente se havia recebido alguma comunicação da FPF (as comunicações da CBF sobre suspensões e julgamentos são feitas através das federações estaduais). Diante da resposta positiva, teria ordenado que guardasse o e-mail e ficasse em silêncio (...)".

O site rubro-negro não fornece a fonte da imprensa sobre a notícia que publicou.
Em colaboração com os defensores, vamos considerar que foi uma exclusividade, embora isso não tem qualquer valor.
Vamos continuar ajudando na defesa e considerar que tudo seja verdade, ou seja, iremos considerar que tudo que foi noticiado são fatos verídicos.
Diante desses fatos, somos forçados (e você também) a crer que o Presidente da Portuguesa queria, isso antes do início da última rodada, rebaixar a Portuguesa.
Pois se ele mandou esconder o fato, ele conhecia a punição (os quatros pontos), pois se não soubesse não teria razão para mandar esconder a informação.
Isso livra o Flamengo, pois o erro rubro-nego ocorreu no sábado, dia 7 de dezembro de 2013.
Por que ele queria rebaixar a Portuguesa?
Nós demonstramos em inúmeros artigos que o simples fato de escalar irregularmente Heverton não colocaria a Portuguesa como rebaixada, ela teria que ser ultrapassada pelo Vasco ou pelo Fluminense, portanto, se a intenção fosse rebaixar o clube, a ação poderia ser completamente inócua, portanto, enterremos tal possibilidade.
O motivo não pode ter sido apenas rebaixar a Portuguesa (pois escalar Heverton não determinaria isso), vamos considerar que ele quisesse com isso facilitar que algum clube, entre os que lutavam contra o rebaixamento, acabasse beneficiado, passando a Portuguesa (após a punição dos quatro pontos) e ele levasse alguma vantagem.
Em apertada síntese, ele teria feito acordo com algum clube.
O acordo foi feito com o Fluminense?
O acordo foi feito com o Vasco?
Nós também demonstramos em artigos e vídeos que não bastaria nem ao Vasco e, muito menos, ao Fluminense, "comprar" apenas a Portuguesa.
Prezados leitores, quem faria uma cordo com a Portuguesa sem qualquer garantia?
Basta olhar a classificação após a 37a rodada para constatar tal verdade.
Portanto, salvo melhor juízo, essa notícia não condena o Vasco, não condena o Fluminense e nem inocenta o Flamengo.
Isso é óbvio.
Como é óbvio que o principal interessado, após escalar irregularmente André Santos, isso no sábado, que o maior interessado na Portuguesa escalar também irregularmente Heverton, isso no domingo.
Basta olhar a classificação do Brasileirão 2013, antes dos jogos de domingo e tirar os quatro pontos do Flamengo.
Ao escalar Heverton, a Portuguesa automaticamente ficaria após o Flamengo, diminuindo muito as chances de rebaixamento do Flamengo, que no domingo eram de 40% em razão da escalação de André Santos.
O Flamengo que certamente teria uma grande vantagem com a escalação de Heverton.
Simples!
Boa sorte ao Flamengo e aos rubro-negros, que por enquanto continuam em um labirinto...
 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

ALTERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DO ART. 144: Dilma enviará PEC ao Congresso para União atuar com estados na segurança pública

Até o final do ano, a presidente Dilma Rousseff deve enviar ao Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para que a União passe a dividir com os estados a responsabilidade da condução das politicas de segurança pública, atualmente atribuição exclusiva dos entes federados. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante balanço de uma operação conjunta de forças federais e policias de vários estados utilizando os centros de Comando e Controle.
O ministro negou que a medida seja uma respostas às críticas feitas por Aécio Neves, então candidato do PSDB ao Palácio do Planalto durante a disputa eleitoral. “[A PEC] não é uma reposta às críticas, mas uma constatação. Precisamos romper com uma cultura de isolacionismo e de não integração na área da segurança”, disse Cardozo.
“O que a presidenta quer é uma política compartilhada de segurança pública. Hoje, para fazer isso temos que fazer convênios e parcerias. Com um o plano das competências concorrentes poderíamos desenvolver políticas federais nos estados, em conjunto. A União não pode ser um mero repassador de dinheiro”, acrescentou o ministro.
Segundo Cardozo, a intenção do governo com a alteração constitucional é permitir que a União participe da elaboração das diretrizes das politicas de segurança pública sem ferir a autonomia dos estados. “Não podemos ter polícias [Federal e estaduais] agindo de forma isolada, com atitudes desconcentradas no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas”.
Em um exemplo de ação integrada do governo federal e os estados, feita ontem (5) e na quarta-feira (4), foram apreendidos mais de R$ 1 milhão, 5 toneladas de drogas, 100 armas de fogo e quase 2 mil munições. A ação, que teve os resultados divulgados hoje, em Brasília, reuniu forças federais de segurança e as polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros, de 11 estados fronteiriços e de nove nordestinos.
Segundo Cardozo, até o final do ano deve ser desencadeada uma operação nos mesmos moldes envolvendo todos os estados. “Esse é o caminho para combater o crime organizado e o tráfico de drogas de forma nacional. Só assim vamos ter uma política de segurança realmente eficaz”, frisou Cardozo.
De acordo com o Ministério da Justiça, a Operação Brasil Integrada – Ação Fronteiras e Nordeste, desencadeada em 20 estados, envolveu mais de 20 mil agentes e prendeu 436 pessoas. As equipes atuaram de forma integrada, nos moldes do esquema montado durante a Copa do Mundo.
Os homens das policias Federal, Rodoviária Federal, Militar, Civil, dp Corpo de Bombeiros, da Receita Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recuperaram também 141 veículos furtados ou roubados, cumpriram 221 mandados de busca, apreensão e prisão. Também foram revistadas mais de 70 mil pessoas e abordados 52 veículos em 1,5 mil barreiras ou bloqueios.
Ainda segundo o ministro, os centros de comando e controle serão usados no próximo sábado nas ações de segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A expectativa do governo federal é que todos os estados tenham centros de controle semelhantes aos construídos nas 12 cidades-sedes da Copa. Para isso, segundo Cardozo, estão previstos R$ 115 milhões no Orçamento de 2015.
EM
Amigos da Caserna

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Operação Amigos S.A. tenta encontrar provas de lavagem de dinheiro em casas de oficiais da PM

O GLOBO 
Vinte e seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em imóveis de policiais militares investigados pela Operação Amigos S.A., na manhã desta quinta-feira, por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio, e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar. A ação faz parte das investigações, deflagradas no dia 15 de setembro deste ano, que apuram o envolvimento de seis oficiais que atuaram no 14° BPM (Bangu), entre eles, o ex-comandante de Operações Especiais da PM, coronel Alexandre Fontenelle, com esquema de lavagem de dinheiro. 
Na ocasião, 26 policiais militares do 14º BPM (Bangu) acusados de cobrar propina de comerciantes, empresários e ambulantes na Zona Oeste do Rio. Nesta quinta-feira, os mandados estão sendo cumpridos em endereços comerciais e residenciais de oito investigados: coronel Alexandre Fontenelle; major Carlos Alexandre de Jesus Lucas; major Nilton João dos Prazeres Neto; capitão Rodrigo Leitão da Silva, capitão Walter Colchone Netto, major Edson Alexandre Pinto de Góes, capitão Diego Soares Peixoto e o terceiro sargento Wallace Heiser. Segundo a Secretária estadual de Segurança, o sargento Heiser não estava entre os investigados pela Operação Amigos S.A., mas foi apontado como um dos sócios do coronel Fontenelle em várias empresas. 
Também estão sendo apuradas a compra de imóveis e a abertura de empresas com o dinheiro obtido ilegalmente. Entre os imóveis investigados estão uma casa de luxo em Búzios e dois apartamentos, no Grajaú e em Jacarepaguá, que estavam em nome da mãe de Fontenelle, da irmã e dos oficiais - major Lucas e capitão Colchone. 
CÚPULA DA PM É INVESTIGADA 
Devido às prisões feitas com base nas investigações da Amigos S.A., o comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, e os oficiais da mesma patente Paulo Henrique de Moraes e Ricardo Coutinho Pacheco, respectivamente chefes do Estado-Maior Operacional e do Estado-Maior Administrativo da corporação, estão sendo investigados pela 2ª Promotoria junto à Auditoria da Justiça Militar. Isso porque, em depoimento que contou com o benefício da delação premiada, um dos policiais capturados na operação disse ter tomado conhecimento de que a cúpula da PM recebia R$ 15 mil por mês de cada um dos 41 batalhões do estado. Os 26 PMs presos responderão a inquérito por associação criminosa armada. Se forem condenados, receberão penas que variam de dois a seis anos de reclusão. Promotores também querem que o grupo pague indenizações por danos morais à Polícia Militar.