terça-feira, 10 de novembro de 2009

Jurado de morte em show, homem é assassinado em Janaúba

LARISSA NUNES

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Um homem, de 28 anos, foi assassinado na madrugada desta terça-feira (10), em Janaúba, no Norte de Minas. De acordo com a PM, há menos de um mês, ele foi jurado de morte por dois homens, depois de uma briga em show na cidade.

A vítima foi encontrada caída na rua, com marcas de tiros na cabeça, já sem sinais vitais. Testemunhas relataram que dois homens, em bicicletas, chegaram ao local e começaram a atirar. O homem ainda tentou correr, mas foi atingido por vários disparos.

Os dois suspeitos, já identificados e com várias passagens pela polícia, continuam foragidos.

Dívida de drogas acaba em morte em Rio Pomba

LARISSA NUNES

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Dívida de drogas motivou mais um assassinato em Minas. Nessa segunda-feira (9), na cidade de Rio Pomba, na Zona da Mata, um homem, de 34 anos, foi morto por um suspeito de tráfico na cidade.

De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi até a casa do suspeito para tentar negociar dívidas que adquiriu pelo consumo de drogas, e acabou baleado três vezes. O homem chegou a ser socorrido, mas morreu antes de chegar ao hospital.

O suspeito do crime fugiu e ainda não foi localizado. De acordo com a Polícia, ele já esteve preso por matar sua própria esposa, por tentativa de assassinato e tráfico de drogas.

Pesquisa mostra que mais de 900 favelas estão sob domínio de tráfico ou milícia

Comunidades representam os principais núcleos de violência do estado. Segundo estudo, um número pequeno estaria livre do crime organizado.
Aluizio Freire
Do G1, no Rio

O crime organizado, seja pela presença de facções criminosas ou de milícias, já domina quase todas as favelas do Rio de Janeiro. É o que mostra um levantamento feito pelo Núcleo de Pesquisa das Violências (Nupevi) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

“Não existem mais favelas neutras. Talvez, no máximo, umas 20 comunidades. Todas as outras estão dominadas pelo tráfico de drogas ou milícias”, afirma a antropóloga Alba Zaluar, coordenadora do estudo, que também desenvolveu, com sua equipe, o projeto “Desigualdade e violência: determinantes, simbolismos e processos sociais para entender a violência”, que será divulgado nesta terça-feira (10).

“Existem concentrações enormes de violência em áreas dos bairros do subúrbio e da Zona Oeste, e índices baixos como a Barra da Tijuca e pontos da Zona Sul”, acrescenta a pesquisadora, que encaminhou o documento para o governador Sérgio Cabral e apresentou também o trabalho ao relator da CPI da Violência da Câmara dos Deputados, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

De acordo com uma pesquisa do Instituto Pereira Passos (IPP), publicada na primeira quinzena de janeiro, o Rio contabiliza 968 favelas, ou seja, 218 a mais do que em 2004, quando foi feito o primeiro levantamento. O balanço mostra ainda que a população favelada passou a ocupar mais três milhões de metros quadrados do que ocupava em 1999.

Reflexo da violência nessas regiões é demonstrado em um levantamento elaborado pela ONG Rio Como Vamos (RCV), baseado em dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), para o ano de 2008, calculados de janeiro a dezembro.

Os indicadores apontam que um dos bolsões de violência na cidade seria na Pavuna, na Zona Norte, onde os casos de homicídio chegam a 81,89 por 100 mil habitantes; autos de resistência 37,58 por100 mil; roubo em coletivo 117,06 por 100 mil e roubo de veículo 462,95 por 100 mil. Os números estariam acima da média da cidade.

Pavuna é um bairro cercado pelos morros Pedreira, Lagartixa e Chapadão, onde moradores enfrentam situações de risco constantes, como as ameaças de balas perdidas, diante dos tiroteios nas guerras entre traficantes rivais e nas operações policiais.

Reflexo da violência

Mas, muitos outros bairros fazem parte dessa mancha de violência que se alastra pela cidade. O aumento dos índices da criminalidade nessas áreas é evidenciado nos próprios levantamentos do ISP, divulgados mensalmente.

“Os dados mostram que a maior concentração da violência está nas regiões da Zona Norte e Zona Oeste, justamente onde estão as maiores populações carentes da cidade”, analisa a presidente executiva da RCV, Rosiska Darcy de Oliveira.

Para a diretora da Justiça Global, Sandra Carvalho, os moradores dessas comunidades, bem como quem vive nos bairros próximos, são as maiores vítimas do aumento da criminalidade.

“No Rio, a polícia é responsável por 20% dos homicídios. Fazem aquelas megaoperações, quando acontecem muitas mortes, mas não constatamos redução da violência que justifique” , afirma.

Domínio de milícias

“Essa população, moradora dessas localidades, é submetida às ações violentas do tráfico e das milícias e ainda sofre com a forma que o poder público se propõe a combater a violência. Depois que a polícia sai, os moradores continuam lá, vulneráveis”, analisa Sandra, que esteve em Boston, na semana passada, reunida com a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Navanethem Pillay. Ela visita o Brasil esta semana.

A presença das milícias foi revelada em um relatório produzido recentemente pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), apontando que ao menos 171 áreas do Estado estariam sob controle de milicianos.

De acordo com o documento, a estimativa é de que, só na polícia, 10% de um efetivo de aproximadamente 38 mil policiais civis e militares teriam ligação com os grupos paramilitares.

Como resposta, o governo do estado decidiu adotar um novo modelo de policiamento nas favelas, com as Unidades Pacificadoras (UPP), para livrar as comunidades do domínio das milícias e do tráfico. Até agora o projeto só foi instalado em cinco favelas (Santa Marta, Cidade de Deus, Batan, Babilônia e Chapéu Mangueira).

Veja a área de domínio das facções criminosas no RJ

Aumenta o número de presos na operação contra milícia

Mais de 300 policiais civis estão em incursão em vários pontos da cidade. Ação se concentra basicamente em Campo Grande.
Do G1, no Rio, com informação da TV Globo

Sobe para 17 o número de pessoas presas na megaoperação da Polícia Civil para desarticular os grupos de milícia que atuam na Zona Oeste, no subúrbio do Rio e na Baixada Fluminense. A ação começou durante a madrugada desta terça-feira (10).

Entre eles, está um ex-fuzileiro naval, preso em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Todos são suspeitos de pertencer a grupo de milicianos. As informações são da própria Polícia Civil.

Os 360 policiais de 86 delegacias distritais e especializadas têm 46 mandados de prisão a cumprir na Zona Oeste e na Baixada Fluminense. Dentre os suspeitos, seis são policiais militares e três já teriam sido presos em operações anteriores.

Além dos presos, os policiais também pretendem cumprir 34 mandados de busca e apreensão. Já foram apreendidos documentos e computadores que seriam usados pelos milicianos.

De acordo com o delegado de Policiamento da Capital, Ronaldo Oliveira, a operação também tem por objetivo desarticular financeiramente as quadrilhas de milicianos que atuam na Zona Oeste.

A ação é a fase de conclusão da Operação Têmis, iniciada em 9 de maio, com a prisão do ex-PM Ricardo da Cruz Teixeira, o Batman. A Polícia ainda procura dois dos principais suspeitos de estar comandando a milícia desde a prisão de Batman.

Até o momento não há informações sobre troca de tiros.

Lavrador é assassinato a golpes de espeto no Norte do Estado

CLARISSA DAMAS

clarissa.damas@otempo.com.br

Um churrasco terminou em morte na noite de domingo (8) no Norte de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar, dois lavradores acabaram discutindo e um deles matou o outro usando um espeto. O crime ocorreu no Povoado de Bucaina, distrito de Cabeceiras.

Os lavradores, ambos de 24 anos, teriam discutido por volta das 18h, depois de beberem muita cerveja. Um deles, exaltado, pegou um espeto de churrasco e golpeou o outro, que caiu já sem vida. A vítima foi atingida por diversas vezes no tórax e na cabeça. Depois da confusão, o suspeito fugiu.

A Polícia Militar foi acionada somente na manhã de segunda-feira (9), segundo testemunhas, por falta de telefone. Não há pistas do lavrador foragido.

Adolescente morre ao tentar separar briga de casal em Santa Luzia

FERNANDA PENNA

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Um adolescente de 16 anos morreu na madrugada desta terça-feira (10) depois de tentar separar a briga de um casal no bairro Londrina, em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), a vítima viu o casal brigando no meio da rua e atracou-se com o homem, de 29 anos. O adolescente foi empurrado e bateu com a cabeça no afasto.

A Polícia Militar (PM) foi acionada. O menor chegou a ser socorrido com vida e levado ao Posto de Atendimento do bairro São Benedito, mas não resistiu aos ferimentos. A PM não soube informar se há parentesco entre os envolvidos. O homem que empurrou o adolescente foi preso em flagrante e levado para a delegacia da cidade, onde foi autuado em flagrante.