quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A boca torta dos policiais

Em: Opinião, Polícia Civil, Polícia Militar
Autor: Danillo Ferreira

O costume do cachimbo deixa a boca torta. De certo modo, as novas gerações das polícias têm este desafio pela frente: desentortar as bocas tortas acostumadas com o cachimbo. Mudar paradigmas, práticas equivocadas que se arrastaram durante anos, e que não se sustentam no contexto em que vivemos, com a consciência que possuímos.

O que são as novas gerações? Este não pode ser um conceito cronológico, baseado em tempo de serviço ou data de nascimento. Se a idéia é excluir os antigos, cometeremos uma injustiça ao anular a boa vontade de alguém com muito tempo de serviço. Se, por outro lado, damos carta branca aos modernos, corremos o risco de empoderar um perfil alinhado com o que há de pior. Naturalmente, um fluxo contínuo de mentalidades e práticas é necessário, até para garantir a contradição, o ajuste de trajetória, que proporciona evolução. Mas sempre deve-se observar os valores de cada um.

Quanto maior o grau hierárquico, mais responsabilidade: nós, oficiais e delegados, temos que corrigir a boca torta da desmotivação, da presunção de perversidade, da desconfiança de (ab)uso dos subordinados como escravos dos nossos devaneios. Extinguir esta visão, criar uma consciência de que este modelo de gestão pertence ao passado, é fundamentalmente papel dos que estão mandando, e isso se faz com medidas e conversas claras.

Claro que há o fator decisório governamental – a política que sempre alega falta de recursos. Mas antes disso vem o respeito e dignidade internos, o estabelecimento de limites para aqueles que ousarem desestabilizar a condição humana e cidadã de cada policial, seja ele quem for. Muitas bocas permanecem tortas porque não acreditam que estes limites existam; ou porque de fato não existem, ou porque não vêem demonstrações claras de que eles são aplicados.

A persistência neste ambiente, nos leva à confusão entre o bom desacreditado e o mau que se aproveita do descrédito para estabelecer suas raízes. Diferenciar um do outro é difícil, porém, o primeiro certamente mudará sua postura ao perceber mudança de contexto. Não à toa o estadista inglês Benjamin Disraeli dizia que “Todo poder é confiança”. Sem confiança, pois, não há poder legítimo.

Três policiais federais são presos por extorsão na 25 de Março

Três policiais federais foram presos nesta terça-feira em São Paulo suspeitos de extorquirem dinheiro de um comerciante da rua 25 de Março, popular centro de compras na região central da capital paulista.

De acordo com a Polícia Federal, um quarto suspeito também foi preso --todos com mandados de prisão preventiva. Na chamada Operação Insistência, foram cumpridos também 22 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de condução coercitiva.

A investigação que levou à operação começou há cerca de dois anos, após a PF ser informada que um empresário estava sendo vítima de extorsão.

Foi constatado que policiais federais recebiam pagamentos mensais de comerciantes para que deixassem de reprimir o comércio de mercadorias contrabandeadas e os alertassem sobre futuras operações policiais.

No decorrer das investigações, a PF apreendeu cerca de R$ 40 mil que haviam sido entregues a um dos policiais do esquema.

A PF informou que 19 pessoas serão indiciadas sob suspeita de crimes como corrupção ativa e passiva, concussão, contrabando e descaminho.

Entre os indiciados, sete são policiais federais e um é policial aposentado. Os outros envolvidos são comerciantes da 25 de Março e Brás.

Fonte: Polícia pela Ordem

PM é encontrado morto com tiro na orelha em prédio na capital

Estado de Minas
TV Alterosa

A polícia vai investigar as circunstâncias da morte de um cabo do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar, na madrugada desta quinta-feira, no Bairro Betânia, na Região Oeste de Belo Horizonte.


O cabo Henrique Nelson Costa, que servia ao Batalhão de Ronda Ostensiva com Cães Adestrados (Rocca), foi encontrado morto com um tiro na orelha no corredor do 3º andar do prédio onde morava. A princípio, testemunhas informaram à reportagem que o policial foi encontrado morto com seis tiros, o que não foi confirmado pela Polícia Militar.

O militar teria brigado e atirado contra a esposa, a sargento Débora Cristina Rodrigues, que serve ao Batalhão de Missões Especiais. A mulher foi socorrida para o Hospital Pronto Socorro João XXIII e não corre risco de morrer. Vizinhos contaram à PM que o casal tinha um histórico de brigas e estava em processo de separação.

Eles tinham dois filhos e foi o mais velho deles, de 18 anos, que chamou a polícia após presenciar o desentendimento. Outro policial militar que era vizinho, teria tentado controlar a situação e também foi atingido por um tiro de raspão. A PM informou ainda que será aberto um procedimento para investigar o caso.

Trabalho aprova adicional de periculosidade para PMs e bombeiros

Arquivo - Guilherme Alves


A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 6307/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que cria adicional de periculosidade de 30% sobre a remuneração para policiais e bombeiros militares dos estados e do Distrito Federal.


Conforme a proposta, terá direito ao benefício o militar que comandar ou exercer, durante pelo menos 25% de sua jornada de trabalho, funções consideradas perigosas, como patrulhamento ostensivo, transporte de presos e combate a incêndio, entre outras.

                                                                              
                                                                               Andreia Zito: ato de justiça.


Segundo a relatora, deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), a concessão de adicional de periculosidade é um ato de justiça aos policiais militares e aos bombeiros militares, “cotidianamente expostos a situações de risco no exercício de suas funções”.     
                                                                                             
Ela lembrou que policiais arriscam suas vidas em confronto com bandidos fortemente armados e os bombeiros em combate a incêndios e em operações de busca e salvamento. “A proposta vem corrigir uma omissão do poder público”, disse Andreia Zito.

Licenças

Durante os afastamentos legais de até 30 dias e naqueles decorrentes de acidente em serviço ou doença contraída no exercício da função, os militares continuarão a receber o adicional.

Também receberão o benefício os profissionais, em treinamento, que executarem ações com tiros, explosivos ou inflamáveis.

A proposta altera o Decreto-Lei 667/69, que trata da organização de policiais e bombeiros militares nos estados e no Distrito Federal.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já foi aprovada pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-6307/2009

Da Redação/WS

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