quinta-feira, 24 de novembro de 2011

EMBOSCADA: Policial militar sofre tentativa de homicídio no bairro Dona Clara

Um policial militar do Batalhão de Ronda Ostensiva com Cães Adestrados (Rocca) sofreu uma tentativa de homicídio na madrugada desta quarta-feira (23) no bairro Dona Clara, na região da Pampulha.

De acordo com a Polícia Militar, o policial teria sido vítima de uma emboscada depois que levou um amigo em casa, que mora no mesmo bairro.

Segundo os militares, após despedir do amigo, o policial, que dirigia um Fiesta Sedan, foi interceptado por um Fiat Palio vermelho. Em seguida, os ocupantes do carro de passeio dispararam sete tiros contra o policial, que teve que pular do seu veículo ainda em movimento para não ser atingido.

O carro do militar ficou com as marcas dos sete disparos. O crime ocorreu por volta das 0h30.

CRISE NA PM - AS UPPs, A SUBSERVIÊNCIA POLÍTICA E O CAOS NO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS.

Prezados leitores, a PMERJ tem muitos problemas, dois deles tem um efeito destruidor para a própria Corporação: a corrupção e a subserviência política.
Pelo que eu sei a última vez que um comandante geral da PMERJ disse não ao governo estadual foi no ano de 2008 através do Coronel de Polícia Ubiratan, que acabou sendo exonerado por defender os interesses da Polícia Militar. A nossa triste realidade dá conta que os que sucederam Ubiratan não disseram e não dizem não à vontade dos políticos, mesmo quando essa intenção seja cruel para a Polícia Militar.
É de domínio público que as UPPs são o principal projeto político do atual governo, o único que tem aceitação popular, aliás, uma excelente aceitação por parte da população (eleitores). Para alavancar esse interesse político, o governo estadual transformou a PMERJ em uma fábrica de Policiais Militares, facilitando muito a prova do concurso para o Curso de Formação de Soldados e lotou o CFAP de novos alunos, alcançando atualmente cerca de 3.500 alunos. 
Obviamente, o CFAP não tinha e não tem condições de receber esse número de alunos, o que transformou o nosso Centro de Formação de Soldados em um conjunto de problemas, os quais além de acarretarem inúmeras dificuldades para os alunos, contribuem para a desqualificação da tropa, em face da formação deficiente.
O nosso blog tem denunciado esse caos, inclusive denunciamos realizando um ato em frente ao CFAP (vídeo), dando voz ao sofrimento dos alunos, o que fazemos também nas redes sociais.
No twitter, o @soldadotristerj (veja as mensagens) tem apresentado incontáveis denúncias. A mais recente dá conta que os alunos residentes estariam sendo obrigados a esvaziar os seus armários, para que outros alunos possam utilizar (cartaz com a ordem).
Prezados leitores, o CFAP fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro, distante do Centro, o que faz com muitos alunos tenham que ficar na condição de residentes (morando no quartel) durante a semana, tendo em vista que a distância e os péssimos salários impedem o ir e vir para casa, principalmente, diante dos gastos com as passagens. Pelo que foi informado, serão esses alunos que terão que esvaziar os armários, aumentando as suas dificuldades.
E, por falar em salários, no CFAP eles continuam  atrasando cerca de três meses para os novos alunos, que sem alternativa contraem empréstimos para saldar suas dívidas, pois são obrigados a abandonar os empregos anteriores para participarem do curso. Isso faz com que os PMs já comecem a vida completamente endividados, alguns com dois ou três empréstimos no contracheque.
A situação financeira se agrava ainda mais com o fato dos alunos terem que pagar a impressão do material didático e que comprar os uniformes, pois o governo não cumpre a sua obrigação de dar os uniformes.
Será que esse jovem PM endividado, ao chegar nas ruas do Rio de Janeiro para atuar no policiamento (fiscalizar), pode ser uma presa fácil para os corruptos?
Fica a pergunta para reflexão.
A completa subserviência política dos comandos está destruindo a PMERJ, uma Instituição bicentenária que está sendo transformada em prostituta, ao só dizer sim.
Juntos Somos Fortes!

POLICIAIS MILITARES DO MARANHÃO ENTRAM EM GREVE

PMs entram em greve e ocupam Assembleia Legislativa do Maranhão

TROPAS DA FORÇA NACIONAL FORAM CONVOCADAS PARA ATUAR NO ESTADO.
SECRETARIA DE SEGURANÇA DIZ QUE NÃO TEM INFORMAÇÕES SOBRE EFETIVO PARADO.

DO G1, EM SÃO PAULO
 
POLICIAIS MILITARES E BOMBEIROS DO MARANHÃO DECIDIRAM ENTRAR EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO APÓS ASSEMBLEIA REALIZADA PELA CATEGORIA NA NOITE DE QUARTA-FEIRA (23). LOGO DEPOIS DA DECISÃO, CERCA DE DOIS MIL MILITARES FORAM ATÉ A SEDE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO, ONDE PERMANECEM ATÉ ESTA QUINTA-FEIRA (23).

SEGUNDO A ASSESSORIA DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA, OS PMS E BOMBEIROS OCUPAM PARTE DAS DEPENDÊNCIAS DA ASSEMBLEIA E UM GRUPO DE DEPUTADOS ESTADUAIS PRETENDE SE REUNIR COM AS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO GREVISTA PARA VERIFICAR AS REIVINDICAÇÕES.

O GOVERNO DO MARANHÃO PEDIU APOIO DA FORÇA NACIONAL PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA POPULAÇÃO E TROPAS JÁ ESTÃO NAS PRINCIPAIS CIDADES DO ESTADO. A SECRETARIA DE SEGURANÇA DIZ QUE NÃO TEM ESTIMATIVA DE QUAL O EFETIVO DA PM E DO CORPO DE BOMBEIROS QUE PARALISOU AS ATIVIDADES.

A GREVE DOS MILITARES OCORRE AO MESMO TEMPO EM QUE HÁ UMA GREVE DE DELEGADOS DA POLÍCIA CIVIL, INICIADA HÁ DOIS DIAS.

OS MILITARES PEDEM AUMENTO DE 30% NO SALÁRIO, E OS DELEGADOS DE POLÍCIA QUEREM MELHORIAS NO PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.

Blog do Cb Fernando

Superior e Subordinado: uma relação de sujeição?


Em: MilitarismoOpiniãoPolícia Militar

É impossível que um povo negue sua história: mesmo que se ressinta de acontecimentos perversos do passado, mesmo que adote medidas claras de anulação dos erros cometidos, ainda assim irá pairar quando nada a névoa cultural que germinou o que o povo é. No Brasil, parece que não perdemos a mania de tentarmos a todo custo alcançar o status de senhor, não qualquer senhor, mas senhor nos moldes do escravagismo, sujeitando outras pessoas aos nossos brios, vontades, vaidades e confortos.

Este elemento cultural sofre um sério agravante nas instituições militares, e a nós interessa observar as polícias militares, organizações das quais se espera o cultivo de conceitos como democracia, cidadania, ética, humanitarismo etc. Grande contradição, já que ainda é possível que as relações interpessoais no âmbito das PM’s sejam pautadas em uma lógica de submissão, vassalagem, servidão, ou, como dissemos, escravidão – no sentido de utilizar-se do outro como objeto de enaltecimento e utilidade a si próprio.

A legislação policial militar permite certos vácuos que podem ser ocupados pelo ímpeto senhorial, e aqui estamos nos referindo à relação entre superior hierárquico e subordinado, já que este último deve cumprir qualquer ordem emitida pelo primeiro, desde que não seja manifestamente ilegal. Entre o que é ilegal e o que é manifestamente ilegal há certa distância preocupante, entremeada por possibilidades ético-morais tenebrosas.

Significa dizer que o policial militar deve permanecer no posto de serviço após o horário de sua escala, caso seja determinado. Que deve esperar horas a fio a autoridade que presidirá uma solenidade, até que determinação em contrário seja estabelecida. Que deve participar de eventos que não estão de acordo com suas convicções, se determinado. Que deve manter-se em pé neste ou naquele local por este ou aquele tempo, conforme determinação. Ora, e se tais determinações servirem apenas à satisfação dos brios deste ou daquele senhor? Cumpra-se: não é manifestamente ilegal.

Extinguir a tradição legal do “manifestamente ilegal” possui implicações de eficácia nas ações policiais militares (eficácia, não eficiência). O termo continuará existindo enquanto as polícias precisarem se apresentar como realizadoras de algo relevante, sem desatar os nós internos. Se não há motivação ou adesão à proposta da gestão, é preciso mandar e alguém precisa parecer que está obedecendo (no mínimo). Aproveitando o incidente legal, cada senhor vai construindo seu engenho.