segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ATO DE BRAVURA


Uma guarnição policial composta por quatro militares fazia patrulhamento pelas ruas de Belo Horizonte/MG. Era madrugada e chovia muito. Uma senhora aciona os milicianos e relata que um prédio está na iminência de desabar. Os agentes do Estado entram no edifício, acordam todos os moradores e os retiram para fora do prédio. Dentre essas pessoas, havia duas crianças que estavam trancadas num dos apartamentos. Após arrombarem a porta, os militares também conseguiram retirar as crianças do edifício. A construção se transformou em ruínas alguns segundos após todos saírem.
Esse fato é verídico. Ocorreu no início deste ano de 2012. Para muitas pessoas, a ação rápida e precisa dos policiais foi um milagre. Os mais céticos talvez afirmem que foi mero cumprimento do dever funcional. Há quem diga, pasmem, que foi sorte. Mas a melhor definição (ou pelo menos a mais racional) para o que fizeram esses nobres militares é ATO DE BRAVURA.
O Ato de bravura está previsto na legislação militar mineira como uma das hipóteses de promoção na carreira. Consuma-se quando o militar pratica uma ação, de maneira consciente e voluntária, com evidente risco à própria vida, cujo mérito transcenda em valor, audácia e coragem a quaisquer atitudes de natureza negativa porventura cometidas .
Nesse sentido, promover os policiais que salvaram mais de uma dezena de pessoas; que não tiveram suas próprias vidas interrompidas prematuramente por frações de minuto não é mera concessão de recompensa. A promoção dos militares é um direito que eles fizeram jus no exato momento em que cumpriram, com extremo brilhantismo, os requisitos legais.
Portanto, há dois motivos para se comemorar neste episódio. Primeiro, a preservação da vida de diversos cidadãos, com repercussão positiva em âmbito nacional, enaltecendo a imagem da PMMG. Segundo, a decisão do comando da nossa instituição, que em prazo célere já aprovou a promoção dos quatro militares que praticaram o citado ATO DE BRAVURA.
Parabéns à Polícia Militar de Minas Gerais, sobretudo aos insignes 1º Tenente Gustavo Martins e Cabos Sheyla Cristina, Samuel dos santos e Marcelo Silva.

*Nivaldo de Carvalho Júnior, 2º Sgt da PMMG e bacharelando em Direito pelo Centro Universitário de Sete Lagoas

Universo Policial

sábado, 14 de janeiro de 2012

Beltrami deixa QG da PM após mais de 30 horas preso

O ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Djalma Beltrami, deixou o Quartel General da PM, no Centro, na madrugada deste sábado, após ficar preso pela segundo vez em menos de um mês. Acusado de tráfico de drogas e formação de quadrilha pelo Ministério Público, ele teve o pedido de habeas corpus concedido na noite de sexta-feira pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça (TJ), atendendo solicitação da defensora pública Cláudia Valéria Taranto.
Beltrami havia sido preso na manhã do dia 19 de dezembro e na tarde da última quinta-feira. Na primeira vez ele foi solto 44 horas depois. Desta vez, ele ficou pouco mais de 30 horas preso. Às 3h, um oficial de justiça chegou ao QG com o habeas corpus. Cinco minutos depois, uma Fiat levando o coronel deixou o quartel. Ele não falou com os jornalistas. O plantão do TJ confirmou que o ex-comandante deixou a unidade militar pouco depois da chegada do documento. O advogado dele, Marcos Spínola, também confirmou por telefone a saída de seu cliente.
A investigação policial que culminou na prisão de Djalma Beltrami foi comandada pelo delegado Alan Luxardo, da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Escutas telefônicas revelaram que policiais do 7º BPM, comandado pelo coronel por quatro meses, cobravam propinas de traficantes de São Gonçalo para não reprimir o tráfico de drogas em suas comunidades.
Nas primeiras escutas divulgadas pela POlícia Civil em dezembro, os comandados de Beltrami diziam aos bandidos que parte da propina paga iria para as mãos do “Zero Um”, interpretado pela polícia como sendo o então comandante do batalhão. A voz do de Djalma Beltrami, no entanto, não aparece em nenhuma dessas gravações. Ele sempre negou participação no esquema.
“Nunca recebi dinheiro de forma ilícita. São 27 anos de Polícia Militar e tudo que conquistei foi com meu salário e também com o que ganhei atuando como árbitro de futebol”, disse Beltrame, após ser solto pela primeira vez.
A decisão de prender o coronel causou atrito entre as polícias Militar e Civil. Oficiais da PM criticaram abertamente a investigação, chamada de ‘brincadeira’ pelo desembargador Paulo Rangel, o primeiro a conceder o habeas corpus a Djalma Beltrami.
Mar de lama volta a inundar quartel de São Gonçalo
Segundo o delegado Alan Luxardo, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça revelam esquema de pagamento de propina pelo tráfico do Morro da Coruja para que os agentes não combatessem o crime. Investigação aponta que PMs recebiam pagamentos de R$ 160 mil mensais. Foram expedidos 24 mandados de prisão temporária (30 dias), sendo 13 para PMs, por tráfico, associação e corrupção.
Beltrami foi preso às 8h30 do dia 19 de dezembro, quando chegou à unidade que comandava há três meses. Ele negou as acusações, disse que fez operações contra o tráfico e que complementava sua renda como árbitro de futebol, tarefa que desempenha há 22 anos. A PM vai pedir esclarecimentos sobre as circunstâncias e a motivação da prisão do coronel, que foi para o Batalhão de Choque. O advogado dele vai pedir a revogação da prisão. Os outros PMs foram para a Unidade Prisional, em Benfica.
Grampos mostram que os PMs do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM negociavam propinas com o chefão do pó na Coruja, Maicon dos Santos, o Gaguinho. Num trecho, em 11 de setembro, a conversa foi sobre pagamento de R$ 10 mil por semana, que supostamente seriam para o comandante. Cada patrulha do GAT receberia R$ 5 mil. Nos grampos não há conversas do coronel Beltrami. “Temos provas que o esquema funcionava depois da posse do comandante. Temos material bastante contundente sobre o esquema”, afirmou Alan Luxardo.
Depois do telefonema, os PMs se encontraram com suposto advogado de Gaguinho. Câmeras de posto de gasolina e o GPS das viaturas confirmaram a passagem pelo local. Os PMs do GAT foram transferidos para outros quartéis em 20 de setembro, a pedido de Beltrami. Gaguinho escapou.
Escutas
Escutas mostram suposto policial pedindo R$ 10 mil em nome do ‘comando’ pela retirada do policiamento.
Policial: “Vai ter que aumentar o negócio porque tem gente mais alta chegando. Vai ser tudo com o ‘zero um’.
Traficante: “Quero perder pra vocês e pro cara que assumiu agora, tenho condições de dar 10 (mil reais) pra ele por semana.”
Policial: “Tem que ser pra cada ‘gêmea’ (patrulha), por final de semana.”
Traficante: “(…) Tem como aumentar o de vocês mil (reais) e dar dez (mil reais) por semana para o comandante, arregar ele também”.
Policial: “A ideia era a gente conseguir tirar aquela porrada de viatura, comboio, Golzinho, tudo isso”.
PM pede dinheiro para ‘devolver’ traficante baleado.
Policial: “Manda logo o negócio, senão vou finalizar (matar). Perde três caixas (mil reais) aí. Já perde pelo final de semana e pelo garoto”.
Traficante: Nós ‘trabalha’ por barca (patrulha) e são muitas barcas. Também arrego o ‘número 1’. Vou mandar lá e ninguém vai roer”.
Policial: Duvido. Manda 1 caixa e meia (R$ 1,5 mil) por esse garoto aqui, que ele tá ‘vazando óleo’ (sangrando)”.
Fonte: O DIA ON LINE

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AMIGO CERTO: SARGENTO SALVA MORADORES E EVITA TRAGÉDIA EM JUIZ DE FORA

Prédio desaba em Juiz de Fora, mas ação rápida de Sargento evita novas vítimas


CBMMG - A volta para casa, na manhã do dia 9, vai ficar marcada na vida de Cleymerson de Souza Lima, o Sargento Souza, lotado no Posto Avançado Sul, do 4º Batalhão em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O bombeiro, acostumado a salvar vidas durante o trabalho, foi o responsável, no seu dia de folga, por evitar que o desmoronamento de um prédio provocasse uma tragédia ainda maior.
O militar chegava em casa, no bairro Alto Jardim de Alah, região Sul da cidade, após mais um dia de plantão 24h. Ao estacionar o carro foi abordado por uma mulher desesperada, dizendo que o asfalto estava trincado e que uma casa poderia cair. Mesmo com o corpo cansado, o Sargento Souza, não esqueceu o lema da corporação, " bombeiro:o amigo certo, nas horas incertas." Imediatamente, começou a percorrer a rua e constatou as aberturas no asfalto e o perigo iminente.
Felizmente, a casa localizada na rua Jacinto Inácio estava vazia, pois os moradores tinham saído para o trabalho, mas, um prédio na rua próxima, corria o risco de desabar. Ao perceber que havia moradores lá dentro e sem tempo de chegar ao local ele acionou os colegas do Pelotão e começou a jogar pedras no telhado galvanizado da estrutura, para chamar a atenção de quem estivesse lá dentro. A estratégia deu certo e alertou os moradores que conseguiam sair do edifício, em segurança. Menos de dois minutos depois a rua cedeu derrubando a casa em cima do prédio. Graças ao Sargento Souza, todos conseguiram se salvar.
Dentro do prédio estavam nove pessoas, entre elas, uma criança de cerca de dois anos. "Quando vi roupas de criança no varal e um velotrol, lembrei-me de minha filha. Poderia ser ela que estivesse lá", conta, emocionado o militar.
Há 18 anos no Corpo de Bombeiros, o Sargento Souza é casado e pai de duas filhas, uma de 14 anos e outra de 9 meses. A profissão que ele resolveu abraçar é o orgulho da família e é nela que bombeiro se apoia para seguir em frente. " Minha família está muito orgulhosa e eu, muito feliz, por poder ter ajudado tantas pessoas. Um rapaz que estava no prédio veio me agradecer por isso, mas, pra mim,foi apenas uma forma de ajudar alguém", conta. " Foi a profissão que escolhi".

Blog QLO-Polícia no local

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PMs que evitaram tragédia pior em desabamento de prédio em BH serão promovidos por ato de bravura.

Nada mais justo, pois estes militares evitaram que uma tragedia ainda maior ocorre-se, colocando suas vidas em primeiro lugar.

A esperança depositada por duas famílias no Ano Novo foi destroçada pela força das águas nos primeiros dias de 2012. Um morador de Belo Horizonte e outra de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, morreram ontem em decorrência dos temporais que atingem Minas. Desde outubro, já são seis vítimas - quatro contabilizadas oficialmente - das chuvas. Uma mulher ainda está desaparecida em Santo Antônio do Rio Abaixo, na região Central do Estado.

Janilson Aparecido de Moraes, de 46 anos, morreu depois que o prédio em que morava desabou, por volta da meia-noite de anteontem, na rua Passa Quatro, no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital. Onde antes havia dois blocos de dois andares, agora há só entulho.

Quatro casas no entorno estão interditadas, sendo que 11 já foram vistoriadas. Um trecho da rua foi isolado e pelo menos 35 moradores do prédio ficaram desabrigados ou desalojados. Sem casa e apenas com a roupa do corpo, os moradores estão agora com parentes e amigos. Eles ainda não sabem se irão acionar a Justiça para tentar reaver os prejuízos.

O acaso fez sua parte e permitiu que a tragédia não fosse maior. Policiais militares que passavam pela rua agiram rapidamente e, em uma ação que durou cinco minutos, resgataram heroicamente os 12 sobreviventes, inclusive Maísa de Moraes, mulher de Janilson, que estava dentro do prédio com o marido. Maísa ficou gravemente ferida e continuava internada até a noite de ontem. Foi uma corrida contra o tempo. Entre a saída dos últimos ocupantes e o desmoronamento, passaram-se apenas 20 segundos.

Os quatro jovens militares do 34º batalhão, com idades entre 24 e 28 anos, não esconderam a emoção e o sentimento de dever cumprido. "A gente podia estar morto neste momento", disse o soldado Samuel Freitas.

163. Foi o volume (em milímetros) de chuva em BH entre a 0h de domingo e as 16h de ontem; equivalente a 60% do esperado para janeiro.´

Fiscalização de velocidade não precisa mais de placa sinalizadora do limite

Em: JurídicosTrânsitoTutoriais
Uma nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) publicada no final de 2011 mudou as regras da fiscalização do limite de velocidade nas estradas e rodovias brasileiras. A Resolução 396/2011 passou a admitir a fiscalização a partir de medidores móveis sem a necessidade de placa sinalizadora do limite de velocidade:
Art. 7º Em trechos de estradas e rodovias onde não houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático ou portátil, desde que observados os limites de velocidade estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB.
§ 1º Ocorrendo a fiscalização na forma prevista no caput, quando utilizado o medidor do tipo portátil ou móvel, a ausência da sinalização deverá ser informada no campo “observações” do auto de infração.
§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, a operação do equipamento deverá estar visível aos condutores.
O Artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro é justamente o que estabelece os limites de velocidade nas vias públicas brasileiras, de acordo com certas classificações. O entendimento da nova resolução é o de que os condutores não precisam ser alertados dos limites já estabelecidos em Lei, e uma vez que não cumpram tais disposições estarão sujeitos à fiscalização e posterior penalização. Diz o Art. 61 do CTB:
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
Os órgãos responsáveis pela sinalização das vias só serão obrigados a sinalizar os limites de velocidade nos casos de valores inferiores aos estabelecidos pelo artigo 61, e aí a distância entre os medidores de velocidade e as placas, nas vias urbanas, será de 400 a 500 metros, para locais de velocidade regulamentada maior ou igual a 80 km/h e de cem a 300 metros, nos casos de velocidade inferior a 80 metros. Nas vias rurais, a distância poderá ser de até dois mil metros, para os casos de velocidade regulamentar maior ou igual a 80km/h, ou de até mil metros, nos casos de velocidade máxima inferior a 80km/h.
Trata-se de uma medida que há muito deveria estar em vigor, haja vista o assustador índice de acidentes no trânsito em virtude de excesso de velocidade. Um ganho para todos.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Policiais militares tomam quartéis e esvaziam pneus de viaturas em Fortaleza

Vida na Caserna

Policia apreende 80kg de maconha e líder do tráfico em Santa Luzia

Um dos traficantes mais procurados de Santa Luzia, na região metropolitana, foi preso ontem, após esconder 80kg de maconha na residência de um vizinho, no bairro São Benedito. Wallison Bruno dos Santos, de 25 anos, conhecido como Negão, foi detido junto com o comparsa Paulo Cesar Freitas, de 33.
Segundo o delegado Wagner Silva, da 3ª Delegacia Regional, a droga foi encontrada no telhado de uma residência próxima à casa dos dois suspeitos. "O Wallison escondia a maconha na casa de outra pessoa, que não sabia o que estava acontecendo", informou o delegado. De acordo com a polícia, a droga seria distribuída em Lagoa Santa, Nova Lima, Betim e outras cidades da Grande BH.
Ainda segundo o delegado, Wallison Santos tem ligação com a quadrilha do traficante Luiz Cosme Barbosa, o Barriga, considerado um dos criminosos mais perigosos do Estado, preso há quatro meses.