No Brasil, é comum que sempre existam “algodões em torno dos cristais”, para que as turbulências no alto escalão das organizações públicas nunca cheguem a gerar rachaduras. Não foi o que aconteceu no estado de Alagoas, onde um Comandante Geral da Polícia Militar teve a prisão decretada por desobediência a ordem judicial:
O desembargador Orlando Monteiro Cavalcanti Manso decretou a prisão do comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Luciano Antônio da Silva, no final da manhã desta quinta-feira (24). O motivo é descumprimento, por parte do oficial, de ordem expedida pelo Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas.
Segundo apurou o Ojornalweb junto ao Tribunal, em um processo julgado pela corte, referindo-se a um policial militar, o coronel deixou de seguir a decisão do TJ/AL e aplicou uma multa mais severa ao réu. Neste caso, a sanção seria apenas uma repreensão, mas o comandante descumpriu a ordem e suspendeu o militar.
Manso entendeu que o descumprimento da ordem superior era passível de prisão e mandou deter o coronel Luciano. O mandado já foi cumprido pelo delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco.
Em se confirmando a versão divulgada pela imprensa, a medida adotada pela justiça parece legítima, por se tratar de claro descumprimento de ordem judicial. Exceder ou diminuir o grau da punição em desrespeito a decisão da justiça não é uma postura adequada a qualquer servidor público.