quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Corregedoria da Polícia Civil investiga formação de quadrilha dentro do GRE

HELLEM MALTA

hellem@otempo.com.br

A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais investiga denúncias de crimes cometidos por agentes do Grupo de Resposta Especial (GRE), considerada a tropa de elite da corporação mineira. Pelo menos cinco policiais, entre eles um delegado, são suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha responsável pela prática de crimes como extermínio, furtos, extorsões e usos de veículos adquiridos de forma fraudulenta.

Nos documentos que a reportagem de O TEMPO teve acesso está a informação de que um dos crimes foi praticado em setembro de 2006. Trata-se de um assalto, comandado pelo delegado investigado pela corregedoria. Conforme o histórico do Boletim de Ocorrência, registrado na época pela Polícia Militar, um comerciante teve US$ 30 mil roubados quando negociava a troca dos dólares por real.

Nos relatos da vítima à PM, no momento da entrega do dinheiro, três homens em um Siena, com placa de uso restrito, chegaram no local, armados e, depois de se identificarem como policiais, anunciaram o assalto. Um dos suspeitos, usava terno e gravata e, pelos levantamentos, foi identificado como sendo o delegado.

Em maio deste ano, a corregedoria recebeu outra denúncia, de um inspetor do GRE, que relatou a participação de três colegas da unidade no assassinato de dois homens, com requintes de crueldade. As vítimas teriam sido torturadas com cães, esquartejadas e queimadas pelos policiais num barracão de madeira, denominada por eles como "casa de matar", localizado dentro do Centro de Treinamento do GRE, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

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