quinta-feira, 30 de maio de 2013

DESIGUALDADE NAS PUNIÇÕES OU CORPORATIVISMO.


14 Bombeiros excluídos que lutam por dignidade financeira foram BANIDOS DA CORPORAÇÃO.
Enquanto o coronel pedófilo preso com uma menina de 15 anos, usando carro oficial com motorista bombeiro para leva-lo a motéis, é absolvido por 4 coronéis pela auditoria militar.


Coronel tinha motorista à disposição para orgias
Adilson Perinei usava viatura oficial dirigida por membro do Corpo de Bombeiros para levar mulheres, algumas até menores, a motéis durante o expediente, em 2010
Adriana Cruz 
Rio - Para levar mulheres, algumas até menores, a motéis na viatura oficial do Corpo de Bombeiros durante o expediente, em 2010, o coronel Adilson de Oliveira Perinei contava até com motoristas da corporação.

Eles relataram em depoimentos à Justiça que ficavam nas proximidades esperando a hora do ‘resgate’. Como a coluna Justiça e Cidadania publicou nesta sexta-feira, o oficial foi absolvido na Auditoria de Justiça Militar por quatro coronéis por ter usado o veículo para cometer crimes. A juíza Ana Paula Figueiredo foi a única que votou pela condenação. 


Os oficiais alegaram que, como a viatura era descaracterizada e estava à disposição de Adilson, poderia ser levada para qualquer lugar. “Isso é um absurdo. No serviço público, ninguém pode fazer o que bem entende. O crime de peculato está caracterizado e o corporativismo imperou nesta decisão”, avaliou o criminalista Luiz Flávio Gomes. 


Para reverter a absolvição do coronel no julgamento dos oficiais, o promotor Bruno Guimarães vai recorrer ao Tribunal de Justiça. “É escandalosa a falta de punição. O coronel só tinha permissão para usar o carro em serviços administrativos, como visitar outro quartel, e ser pego e levado para casa”, protestou Guimarães. 


Nesta terça-feira O DIA procurou o comandante do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, mas a assessoria de imprensa informou que o oficial não falaria sobre o assunto. “Esse tratamento que privilegia coronéis não deveria existir. Onze praças foram excluídos porque reivindicaram melhores salários. Mas aí os coronéis entenderam que usar o carro da corporação para cometer crimes não denigre a imagem dos bombeiros?”, questionou o presidente da Comissão da Defesa Civil da Alerj, Flávio Bolsonaro, do PP. 


Se na Auditoria de Justiça Militar, Adilson saiu incólume, na 3ª Câmara Criminal, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de favorecimento a prostituição e por ter fotos de sexo envolvendo menores.

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