* Cláudio Cassimiro Dias – Cabo PM (Dr. Cláudio)
Vemo-nos novamente diante de uma trágica morte de um companheiro de serviço. Uma pessoa que há algum tempo atrás abriu mão de sua liberdade, para salvar e proteger a vida de outras pessoas. O Soldado PM Pedro Artur Lopes Ribeiro assassinado brutalmente, no Barreiro, por marginais atrozes e inconseqüentes que simplesmente tiram a vida de um jovem, ou de um pai de família, de um trabalhador e cidadão que paga impostos e que vive dentro dos padrões morais e éticos esperados de uma pessoa de bem.
Esse policial militar é mais um dentre vários que perdem a vida de maneira estúpida e covarde.
No Cemitério Parque da Colina, muitos colegas de trabalho se consternam junto aos familiares. O choro escondido, o choro apertado, o choro de dor. Essa emoção triste e forte que nos faz desacreditar que mais um colega se vai, de maneira súbita e atroz.
Esse o cenário que presenciamos no sepultamento de um Guerreiro. E nós?
Será que perdemos nossa razão de viver? Perdemos a noção do convívio em sociedade?
O que nos preocupa é o fato dessas coisas estarem acontecendo de baixo de nosso nariz, e parece que já nos acostumamos com tal situação. Um dia é com um, outro dia é com outro, um dia com um desconhecido, um dia com um conhecido nosso. Temo que nosso dia esteja próximo.
Sabemos que os crimes sempre existiram na história da Humanidade, porem, fica claro que nos dias atuais parece tomar uma proporção que se não cuidada, tomará dimensão de um gigante incontrolável.
Já é hora de refletirmos a respeito desse mal que nos assola, ou seja, não podemos mais fingir que o crime não acontece perto da gente, sob pena de sermos a próxima vítima, ou quem sabe, nossos filhos, pais, amigos, vizinhos ou mesmo aquela pessoa que só vemos nos jornais, na página de crimes, depois que o óbvio já aconteceu.
Existe a tal confusão entre Liberdade e Libertinagem?
Onde estão nossas autoridades?
Quantos mais devem morrer para que enxerguemos que é hora de mudanças?
Bom, comentar os fatos de maneira a contagiar as pessoas do que eu chamo de “a boa febre da reflexão” parece ser um dos caminhos.
Enquanto houver caneta, escreva... Enquanto houver alguém que ouça, fale... Enquanto houver vida, vamos viver. Portanto, faça sua parte, pois nenhum de nós está livre da violência que assola nossa Sociedade.
Antes de fechar meu artigo fiquei sabendo da morte de mais um colega de serviço, o Subtenente Elson Francisco Martelo vitimado também em outra tentativa de assalto, em Contagem.
Onde estamos...?
* CLAUDIO CASSIMIRO DIAS, Cabo PM, Poeta e escritor, Especialista (Latu Sensu) em Criminologia, Bacharel em Direito, Bacharel em Historia, Acadêmico Efetivo Curricular da Academia de Letras João Guimarães Rosa da Policia Militar de Minas Gerais, Cadeira 28, Ex-Diretor Jurídico do CSCS/PMBMMG, Membro da Equipe Jurídica da ASCOBOM, Conselheiro do CEPREV/MG, Pesquisador da Historia Militar e palestrante.
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