terça-feira, 20 de outubro de 2009

Irmão de cabo, que também é PM, diz que ele morreu como herói

Militar foi enterrado com honras militares.
Cerca de mil pessoas acompanharam sepultamento.


Aluizio Freire Do G1, no Rio


Sepultamento ocorreu nesta terça (20) na Zona Oeste (Foto: Fábio Motta/ Agência Estado)





Em clima de muita emoção, pelo menos mil pessoas participaram do sepultamento do cabo Izo Gomes Patrício, nesta terça-feira (20), no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Alguns parentes chegaram a passar mal e foram socorridos em ambulâncias que estavam no local.Izo era um dos tripulantes do helicóptero atacado por traficantes no Morro dos Macacos, na Zona Norte, no último sábado (17).

Um dos irmãos da vítima, Robson Gomes
Em clima de muita emoção, pelo menos mil pessoas participaram do sepultamento do cabo Izo Gomes Patrício, nesta terça-feira (20), no Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Alguns parentes chegaram a passar mal e foram socorridos em ambulâncias que estavam no local.Izo era um dos tripulantes do helicóptero atacado por traficantes no Morro dos Macacos, na Zona Norte, no último sábado (17).

Um dos irmãos da vítima, Robson Gomes Patrício, que também é policial militar, destacou a dedicação do cabo Izo. “Meu irmão foi um herói. Basta ver quantas pessoas estão aqui prestando essa homenagem a ele, a essa família que até então ninguém conhecia”, afirmou.

Como militar, Robson não quis apontar culpados, mas fez algumas ponderações. “Apontar erros não vai trazer meu irmão de volta. Não quero responsabilizar ninguém. Mas vamos tentar acertar com o que aconteceu de errado. Foi uma situação inesperada, senão teria alguém aguardando para dar socorro aos feridos”, disse.

“No caso, foi uma coisa improvisada. Em uma missão, às vezes, não dá para trazer todos. Há sempre baixas. Meu irmão foi uma estatística dessa baixa. Esperamos que outros policiais não sejam vitimados desta forma”, completou.

Robson lembrou que o irmão estava empolgado com a proposta de integração entre o Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope). “Ele era um policial que gostava do que fazia e queria sempre fazer melhor”.
Mãe teve que ser amparada
Logo depois do sepultamento, Regina Gomes, mãe de Izo, foi amparada pelos filhos e amigos da família. Durante a solenidade com honras militares, que contou com a presença do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, um policial discursou, em tom de desabafo:

“É a terceira vez, em menos de um mês, que enterro amigos de farda aqui. Peço a Deus que proteja o tripulante operacional para socorrer quem estiver em apuros. Não pedimos vida eterna, pois já somos imortais”, disse, sob aplausos e choro de vários militares.

Um outro colega de corporação lamentou que os tripulantes de helicópteros não usem roupas de proteção, chamadas “corta-fogo”, em operações realizadas em áreas de conflitos. Segundo ele, a vestimenta só é liberada para oficiais.

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