Autor: Victor Fonseca
Um eventual processo de desmilitarização das polícias possivelmente traria alguns benefícios, como a possibilidade de criação de sindicatos (apesar de muitas vezes eles serem corrompidos por interesses político-financeiros), maiores chances de manifestação diante da sociedade e imprensa, entre outros impeditivos tipicamente militares. Contudo, é preciso deixar claro que certos problemas não seriam resolvidos, o que alguns teimam em não perceber.
Vejamos, o que a doutrina militar prega é a disciplina, seja através dos cuidados na apresentação pessoal, a pontualidade, respeito à hierarquia, patriotismo… Há algo de errado no culto a tais valores? Vê-se que não, o problema é a distorção que leva ao aproveitamento desse sistema para a prática de atos indevidos.
Você que se queixa de ser aplicado em escalas que ultrapassam a carga horária mensal, acha que quem faz isso é uma pessoa de carne e osso ou uma insígnia de patente? Se ele(a) fosse chamado de gerente/inspetor/supervisor, faria de outro jeito? Quem deixa de lhe conceder direitos como licença prêmio, diárias etc, são oficiais superiores ou é um determinado homem/mulher que tem RG, CPF, rosto, foto, matrícula etc?
Ora, a prática de certos abusos não se restringe ao ambiente militar, acontece também em muitas outras corporações civis, enquanto em outras é bem menor, graças à cultura institucional e à escolha de bons gestores para administrar. O regulamento militar prega justamente o oposto a isso, não há estatutos referendando práticas dessa natureza.
Ou seja, talvez fosse melhor (re)militarizar as polícias, e mais do que isso, moralizar a gestão delas, para criar uma aura de ordem e progresso, como se encontra facilmente em empresas privadas de renome. A existência da confusão que considera militarismo como sinônimo de opressão e abuso se justifica por haver pessoas que encontraram condições para assim proceder, pela falta de caráter próprio ou de correição institucional ou externa. Se ele fosse realmente seguido, certas queixas não seriam ouvidas.
Ou seja, talvez fosse melhor (re)militarizar as polícias, e mais do que isso, moralizar a gestão delas, para criar uma aura de ordem e progresso, como se encontra facilmente em empresas privadas de renome. A existência da confusão que considera militarismo como sinônimo de opressão e abuso se justifica por haver pessoas que encontraram condições para assim proceder, pela falta de caráter próprio ou de correição institucional ou externa. Se ele fosse realmente seguido, certas queixas não seriam ouvidas.
Compare a estrutura do seu quartel com a de outro equivalente das Forças Armadas, observe o plano de carreira dos militares federais, e veja se o mal está mesmo nessa qualidade que carrega.
Blog Abordagem Policial
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