Conversas gravadas pela Polícia Federal (PF) durante as investigações da Operação Furacão revelam que os programas de apostas eletrônicas instalados nas máquinas das casas de jogos do Rio de Janeiro eram rotineiramente violados para enganar apostadores e lavar dinheiro. As informações são do jornal O Globo.
O jornal teve acesso a três conversas mantidas entre o empresário de jogos Jaime Garcia Dias; o seu braço direito, Adilson Oliveira Coutinho Filho; e José Luiz da Costa Rebelo, ex-gerente do Bingo Laranjeiras. Nos diálogos, os interlocutores tratam da manipulação do valor acumulado de apostas e da indução da máquina para produzir um resultado financeiro fixo, sem riscos para o explorador do negócio.
Nas gravações, os suspeitos falam sobre expressões como "receita do bolo" (adulteração de programas) e "draculinha" (máquina viciada). Os processos abertos com base na Operação Furacão demonstram que as casas de apostas trabalham sistematicamente com laranjas, para proteger os verdadeiros donos das responsabilidades penais.
Na Furacão, ainda segundo o jornal, figuram nomes de 80 policiais e três desembargadores envolvidos, além de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sob investigação.
Redação Terra
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