AMIGO CERTO: SARGENTO SALVA MORADORES E EVITA TRAGÉDIA EM JUIZ DE FORA
CBMMG - A volta para casa, na manhã do dia 9, vai ficar marcada na vida de Cleymerson de Souza Lima, o Sargento Souza, lotado no Posto Avançado Sul, do 4º Batalhão em Juiz de Fora, na Zona da Mata. O bombeiro, acostumado a salvar vidas durante o trabalho, foi o responsável, no seu dia de folga, por evitar que o desmoronamento de um prédio provocasse uma tragédia ainda maior.
O militar chegava em casa, no bairro Alto Jardim de Alah, região Sul da cidade, após mais um dia de plantão 24h. Ao estacionar o carro foi abordado por uma mulher desesperada, dizendo que o asfalto estava trincado e que uma casa poderia cair. Mesmo com o corpo cansado, o Sargento Souza, não esqueceu o lema da corporação, " bombeiro:o amigo certo, nas horas incertas." Imediatamente, começou a percorrer a rua e constatou as aberturas no asfalto e o perigo iminente.
Felizmente, a casa localizada na rua Jacinto Inácio estava vazia, pois os moradores tinham saído para o trabalho, mas, um prédio na rua próxima, corria o risco de desabar. Ao perceber que havia moradores lá dentro e sem tempo de chegar ao local ele acionou os colegas do Pelotão e começou a jogar pedras no telhado galvanizado da estrutura, para chamar a atenção de quem estivesse lá dentro. A estratégia deu certo e alertou os moradores que conseguiam sair do edifício, em segurança. Menos de dois minutos depois a rua cedeu derrubando a casa em cima do prédio. Graças ao Sargento Souza, todos conseguiram se salvar.
Dentro do prédio estavam nove pessoas, entre elas, uma criança de cerca de dois anos. "Quando vi roupas de criança no varal e um velotrol, lembrei-me de minha filha. Poderia ser ela que estivesse lá", conta, emocionado o militar.
Há 18 anos no Corpo de Bombeiros, o Sargento Souza é casado e pai de duas filhas, uma de 14 anos e outra de 9 meses. A profissão que ele resolveu abraçar é o orgulho da família e é nela que bombeiro se apoia para seguir em frente. " Minha família está muito orgulhosa e eu, muito feliz, por poder ter ajudado tantas pessoas. Um rapaz que estava no prédio veio me agradecer por isso, mas, pra mim,foi apenas uma forma de ajudar alguém", conta. " Foi a profissão que escolhi".
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