O capitão da Polícia Militar, Marcelo Vaz, de 38 anos, concedeu nesta sexta-feira (23) a primeira entrevista coletiva sobre a queda do helicóptero que ele pilotava no sábado (17), alvejado por bandidos. Vaz contou que sentiu vários tiros atingirem a aeronave e, emocionado, pediu desculpas à família pela morte de dois policiais que estavam na aeronave.
"Sentimos sim os impactos na aeronave. Não foi só um, foram vários", explicou o piloto e completou: "Eu procurei naquele momento me abstrair porque tinha que levar aquela máquina para o pouso".
Marcelo Vaz, que teve queimaduras nas mãos, no episódio, afirmou que a tripulação informou a ele que o aparelho começou a pegar fogo logo após ser atingido pelos tiros dos bandidos.
"Mas o painel da aeronave ainda não informava. Então eu procurei abstrair e desviei para o pouso. Eu sabia que existia uma pedreira próximo ao local, até que eu avistei o campo de futebol. Precisei levar a máquina para um local seguro, porque era minha função de piloto. Eu estava em pânico", revelou.
"Nós inclinamos para a esquerda, e no final já estávamos sem motor. Eu escutava vozes e sabia que alguns deles (equipe) estavam baleados, mas não sabia quem era", detalhou, explicando como se deu o pouso da aeronave.
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