NO MARANHÃO TODA SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ EM GREVE, NO RIO SÓ DELEGADOS E POLICIAIS MILITARES NÃO LUTAM POR SALÁRIOS..
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Com PM e delegados em greve, Polícia Civil do MA também pode parar.
SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
Policiais Civis do Maranhão vão decidir na segunda-feira (28), em assembleia, se entram ou não em greve. Se optarem pela paralisação, a situação da segurança pública do Estado pode se agravar.
Policiais militares, bombeiros e delegados da Polícia Civil do Estado já estão parados desde a semana passada. A governadora Roseana Sarney (PMDB) pediu ajuda da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o policiamento das ruas.
Segundo balanço do próprio governo do Maranhão, metade dos PMs do Estado e 15% dos bombeiros estão parados.
Desde quinta-feira (24), quando iniciaram a greve, PMs e bombeiros estão acampados na Assembleia Legislativa e dizem que só sairão do local depois que o governo apresentar uma proposta de reajuste. Eles reivindicam aumento de 30%. O governo diz que não negocia com grevistas.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Heleudo Moreira, disse que os policiais civis estão solidários à greve dos policiais militares, mas têm sua própria reivindicação.
Eles querem que o governo cumpra o acordo feito em abril passado, quando paralisaram as atividades. Segundo Moreira, não foi criada uma comissão para discutir mudanças no plano de cargos e salários dos policiais, apesar de o governo ter incorporada as horas extras ao salário --o que representa um aumento salarial de 10% aos policiais da ativa.
"Todos os prazos pactuados entre o governo do Estado e as categorias da segurança pública foram desrespeitados", disse o delegado Jefferson Portela, diretor da Adepol-MA.
O delegado disse que foi acordado em setembro, após 109 dias de greve, que o governo enviaria para a Assembleia uma proposta que reconhece o cargo de delegado de polícia como carreira jurídica, o que não ocorreu.
Segundo Portela, desde o início da semana passada apenas metade dos delegados estão trabalhando.
O governo do Estado disse que até o final do ano encaminhará ao Legislativo uma proposta de plano de carreira e realinhamento salarial dos servidores, que inclui as polícias Civil e Militar e os bombeiros.
Sobre a reivindicação dos delegados, informou que a proposta foi enviada para a Assembleia, mas devido a um erro voltou para a Procuradoria do Estado, que deve reenviá-la".
Comento:
A segurança pública é um barril de pólvora em vários estados brasileiros. Os péssimos salários pagos aos Policiais Militares, Policiais Civis e Bombeiros Militares é o pavio que poderá incendiar o país a qualquer momento.
No Rio, os salários beiram a imoralidade, sendo os piores pagos no Brasil para profissionais da área. Se isso não bastasse, o governo estadual viola a hierarquia da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, concedendo gratificações que fazem com que subordinados ganhem mais que superiores, isso todo mês. Soldados ganham mais que Sargentos, citando um exemplo da afronta aos valores institucionais. O desrespeito foi comunicado ao Ministério Público, mas parece ter sido arquivada a denúncia.
Apesar desses salários famélicos, Oficiais e Praças da Polícia Militar não se movem na luta por melhores salários. Nós que lutamos por dignidade somos uma meia dúzia, nada além disso. Os inativos, os mais prejudicados, parecem que foram condenados a uma invalidez precoce, uma imobilidade eterna e só ficam perdidos em lamúrias pelos cantos. Os ativos sinalizam que salário não é importante, vivendo dos bicos ou do dinheiro fácil que a banda podre fornece. No Corpo de Bombeiros, só os Praças lutam, os Oficiais também estão satisfeitos e na Polícia Civil, a tiragem está realizando a Operação Cumpra-se a Lei.
No Rio, tudo está claro, salário só é importante para meia dúzia, a turma dá seu jeito, isso enquanto a Polícia Federal não chega.
Juntos Somos Fortes!
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