PM morto na Zona Norte do Rio prestava serviço para Eurico Miranda

Sargento foi morto a tiros na Avenida Maracanã, na Zona Norte. A polícia ainda investiga as causas do crime.
Rodrigo Vianna
Do G1, no Rio

O sargento da Polícia Militar Ricardo Guimarães Monteiro, morto numa suposta tentativa de assalto na noite desta segunda-feira (30), na Zona Norte do Rio, prestava serviços para Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco da Gama. Eurico informou que conhecia o PM há mais de cinco anos e que ele costumava acompanhar a sua equipe de segurança.

“O Ricardo prestava serviços eventualmente para mim, ele não era meu segurança, mas costumava acompanhar a minha equipe em alguns eventos. Ele atuava mais como motorista. Ele era sargento do 16º BPM (Olaria) e que nos dias de folga prestava serviços para mim”, disse Eurico Miranda.

Ainda de acordo com o ex-presidente do clube de futebol, o policial estava acompanhado por um de seus seguranças quando aconteceu o crime. Segundo ele, os dois iriam buscá-lo em um restaurante em São Cristóvão, na Zona Norte, onde acontecia um evento em comemoração aos 20 anos do título de 1989.

O crime

Segundo policiais do 6º BPM (Tijuca), Ricardo passava de carro pela Avenida Maracanã quando foi abordado por criminosos armados em outro veículo, perto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O grupo teria cercado o veículo e efetuado vários disparos contra a vítima, fugindo em seguida.

O sargento chegou a ser levado para o Hospital Salgado Filho, no Méier, no subúrbio, mas não resistiu. De acordo com Eurico Miranda, o policial era uma pessoa calma, tranquila e que se preocupava com a família. Para ele, o PM foi mais uma vítima da violência do Rio.

“Ele (Ricardo) era tranquilo. O que eu lamento é que ele era um chefe de família, não arrumava problemas. Ele era um ‘cara’ normal, de corpo mediano e boa aparência. Ele era um grande homem. Infelizmente ele foi vítima da violência, ainda mais naquela região, onde sempre acontecem assaltos”, lamentou o ex-presidente do Vasco.

Investigação

A polícia ainda investiga as causas do crime, mas acredita que o PM possa ter sido vítima de uma tentativa de assalto. Os policiais não descartam, também, a hipótese de execução.

O amigo da vítima prestou depoimentos na 18ª DP (Praça da Bandeira), onde o caso foi registrado. A polícia informou, ainda, que pretende fazer uma perícia no local do crime. A segurança foi reforçada na região.