quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PEC 300 como prioridade em 2011?

Presidente da Câmara diz que PEC 300, que eleva salário dos policiais, será prioridade em 2011
A votação da chamada PEC 300, proposta de emenda à Constituição que estabelece piso salarial para policiais militares de todo o Brasil, é uma das prioridades do início da legislatura que se inicia em 2011.

Isso segundo o presidente da Câmara, Marco Maia, que também deve ser candidato à Presidência da Casa no início do governo Dilma Roussef. O texto já foi aprovado em primeiro turno no Plenário da Casa.

O custo do piso unificado somaria R$ 43 bilhões, dos quais R$ 20 bilhões teriam que ser arcados pelos governos estaduais.

Segundo o deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, que é o autor PEC apresentada em 2008, havia um acordo para votação do texto em segundo turno antes do fim do ano.

Esse acordo foi descumprido e nós insistiremos agora na votação para este ano insistindo no compromisso feito pelo candidato a presidência da Câmara Marco Maia de formar uma comissão e discutir com os governadores a forma de implementação e implantação do piso nacional de policiais. Porque o salário que o policial ganha hoje é uma heresia pelo que ele faz. O salário inicial de um policial militar no Rio de Janeiro é R$ 900, R$ 30 por dia, menos que uma diarista."

Segundo o deputado Maurício Trindade, do PR da Bahia, faltou negociação.

"Não houve negociação, querem um supersalário para todo o Brasil e os governadores fazem suas contas e veem que não é possível e barram o projeto por um todo. Então, você deixa de pagar o salário dos estados que poderiam pagar por causa de querer também aumentar muito, além das condições dos estados pobres que não podem pagar o mesmo salário."

Mas o líder do PDT, Paulo Pereira da Silva, não vê polêmica na proposta.

"Até porque [em relação a] a PEC 300, já teve um acordo com a polícia do Brasil inteiro e não tem mais aquele temido piso de R$ 3.500. Ficou acertado entre as lideranças da Câmara e as lideranças do movimento da polícia que, assim que for votada a PEC 300, depois de seis meses, o governo tem que mandar um projeto de lei para regulamentar o piso. Portanto, é uma coisa que ainda vai demorar para acontecer."

Os governadores aliados ao governo e os de oposição são contrários à proposta.

Segundo o governador reeleito da Bahia Jaques Wagner, a PEC é uma intromissão no orçamento dos Estados e fere o princípio federativo, uma cláusula pétrea da Constituição.

"Além de ela impor uma despesa, ela acaba sendo uma violência à liberdade de cada ente da federação de fazer sua gestão de pessoal."

A PEC 300 acrescenta dois parágrados ao artigo 144 da Constituição. Um deles estabelece a existência de um piso nacional para policiais e bombeiros militares.

O outro prevê uma lei que regulará o valor do piso e de um fundo contábil para financiar o pagamento do salário. A proposta foi aprovada em primeiro turno em março de 2010, e, necessariamente, terá que ser votada em segundo turno em algum momento.

De Brasília, Luiz Cláudio Canuto

Fonte: Rádio Câmara

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Reunião do Partido da Segurança Pública em Minas, compareça!!!

Senhores,
No dia 17 dez (próxima sexta) ocorrerá uma reunião em BH, sobre o partido da Segurança Pública e Cidadania (PSPC). O encontro será na Câmara dos Vereadores, às 19:30 horas.
Além do PSPC, no Brasil se encontra em curso a criação de outros partidos com ideologia semelhantes, tais como: www.pspcbrasil.com.br (partido da segurança pública com cidadania do brasil)
http://www.pspb.org.br (partido dos servidores públicos do brasil)
www.partidomilitarbrasileiro.com.br (partido militar brasileiro)
  É importante ler mais

Segurança Pública do Brasil terá partido eleitoral próprio!


Nos últimos anos a falta de representatividade legislativa e governamental da classe policial no Brasil, tem feito com que a pasta da segurança pública ficasse abandonada e esquecida,  a criminalidade só faz crescer, milhões de jovens estão afundados no uso de drogas, policiais são mortos todos os dias, bandidos fazem a sociedade refém todos os dias, traficantes se armam cada vez mais e não páram de aparecer, desvalorização do trabalho policial, excesso de leis protetoras de criminosos, excesso de leis punitivas aos policiais que trabalham em função do bem comum, perda de ação das policias devido a insurgência da criminalidade no meio social, conflitos entre corporações policiais estaduais sem uma solução definitiva para resolver de vez o assunto, salários baixíssimos para defender a sociedade com a própria vida, estrutura de trabalho arcaíca  e influenciada pelos políticos, dentre tantos outros problemas da classe, por isso vem ai o PSPC, o Partido da Segurança pública e Cidadania.


O PSPC vai reunir candidatos da área para representar a sociedade brasileira e a classe policial, "queremos nosso Brasil de volta", uma país com leis mais rígidas e que devam ser aplicadas. Poderá ser ainda um verdadeiro combate aos políticos corruptos que só chegam ao poder para defender seu próprio nariz. A Representatividade será em todos os setores políticos, a segurança pública é uma área muito importante e merece atenção, não dá mais pra esperar que promessas de campanha sejam algum dia cumpridas, queremos PAZ SOCIAL agora!!!

Sou o Tenente farias do QOPMA da PMDF, estamos criando o Partido da Segurança Pública e Cidadania (PSPC) já concluímos nosso Estatuto e o Programa do Partido. Estamos formando a Comissão Nacional Provisória e precisamos de vocês para formamos as comissões Estaduais e Municipais. O Partido nasce para lutar em defesa dos Policiais de todo Brasil, precisamos eleger uma grande bancada no Congresso Nacional , bem como nos Estados , para que os chefes dos Executivos se vejam obrigados a negociar conosco, quando precisarem aprovar qualquer projeto, aí sim nós poderemos dar as cartas.
Nós da PMDF melhoramos muito o nosso salário , porque ao longo dos anos elegemos vários parlamentares e com isso pudemos exigir dos Governantes melhorias para nossa Corporação e conseguimos. Nós da Segurança Pública somos a maior força política do país e vamos nos unir para levar as melhorias conseguidas pela PMDF para todas corporações, sem distinção de instituição ou Estado. Precisamos montar as comissões nos Estados e Municípios, precisamos filiar nossos parentes, precisamos de 500 mil assinaturas de apoio em todo País, (qualquer pessoa pode assinar seu apoio,inclusive Militares), agora para filiação militares não podem, mas os parentes sim. Ajude-nos meu amigo (a), passando esta msg para quantas pessoas vc puder, estou a sua disposição para que possamos fortalecer esse movimento, meu fone em Brasília (61) 8403 8799 begin_of_the_skype_highlighting (61) 8403 8799 em breve será disponibilizado o site do partido ( www.pspc.com.br ) entrará no ar com modelos do Estatuto e Programa do Partido. Vamos apresentar aos Brasileiros o mais eficiente e audacioso Projeto de ¨Segurança Pública¨ jamais visto no País, que terá como base ¨A EDUCAÇÃO ¨

¨ VAMOS LUTAR PELA VALORIZAÇÃO E O RESPEITO AO POLICIAL¨
¨ POLICIAL TEM QUE RECEBER SALÁRIO DIGNO ¨

¨ SEGURANÇA É QUALIDADE DE VIDA¨

¨JUNTOS SEREMOS FORTES¨


Carta do Tenente Farias (QOPMA) da PMDF fundador do PSPC
FONTE:CHICO SABE TUDO

sábado, 4 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO CABO E DO SOLDADO

Dois leões fugiram do Jardim Zoológico.

Na fuga, cada um tomou um rumo diferente.

Um dos leões foi para as matas e o outro foi para o centro da cidade.

Procuraram os leões por todo o lado, mas ninguém os encontrou.

Depois de um mês, para surpresa geral, o leão que voltou foi justamente o que fugira para as matas.

Voltou magro, faminto, alquebrado.

Assim, o leão foi reconduzido a sua jaula.

Passaram-se oito meses e ninguém mais se lembrou do leão que fugira para o centro da cidade, quando um dia, o bicho foi recapturado.

E voltou ao Jardim Zoológico GORDO, SADIO e VENDENDO SAÚDE.

Mal ficaram juntos de novo, o leão que fugira para a floresta perguntou ao colega:

- Como é que conseguiste ficar na cidade esse tempo todo e ainda voltar com saúde?

Eu, que fugi para a mata, tive que voltar, porque quase não encontrava o que comer ... !!!

O outro leão então explicou:

- Me enchi de coragem e fui me esconder num quartel.

Cada dia comia um militar e ninguém dava por falta dele...

- E por que voltaste então para cá?

Tinham acabado os militares?

- Nada disso. Militar é coisa que nunca se acaba.

É QUE EU COMETI UM ERRO GRAVÍSSIMO.

Já tinha comido o Cmt Geral, dois Coronéis, cinco majores, três capitães, comi dezenas de oficiais como estes, era só ter estrela ou gemada que eu comia e ninguém dava por falta deles!

Mas, um dia COMI UM CABO e no outro COMI UM SOLDADO e estraguei tudo!!!...

Estragou tudo por quê? ...

É que desses fizeram uma tal de SINDICÂNCIA, e, depois um tal de PAD (processo administrativo disciplinar), para apurar o motivo da falta e suas ausências!

O SOLDADO e o CABO foram declarados DESERTORES.

Teve buscas, diligências, ATÉ QUE FUI DESCOBERTO...,

e me mandaram de volta pro zoológico.
 
Fonte: Blog do Cb Fernando

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PM bom é PM vivo

Toda vez que tento poetar, produzo o que eu mesmo designo como sofrível ou indigesto. Longe estou, com efeito, do talento do poeta. Mas não resisto à emoção de dizer aquilo que me impõe o sentimento; e, neste caso, reporto-me ao fato de não ter morrido nenhum policial ou militar na arriscadíssima ação operativa das forças conjuntas no Complexo do Alemão. Por conta dessa alegria de não ver enterro com salvas de tiros e toques de silêncio com órfãos e viúvas pranteando seus heróis familiares, vou também me arriscar a postar meu contentamento de velho PM em forma de poema e do jeito que me veio ao atino ou ao desatino:


PM bom é PM vivo
Vibrando na juventude
Envelhecendo no serviço
Inativo com saúde.

PM bom é PM vivo
Com muitos netos e bisnetos
Com... dor... na coluna e artrose
E a sofrer de cirrose.

PM bom é PM vivo
Vendo o filho ser PM
E vendo o neto também
Em três gerações bem vividas.

PM bom é PM vivo
Muito orgulhoso da farda
A vencer o banditismo
Sem se ferir ou morrer.

PM bom é PM vivo
Que não seja uma utopia!
Vida digna para ele
O seu direito maior

PM bom é PM vivo
Não deve morrer por nada
E se morrer, porventura,
Morte de bandido não paga.

PM bom é PM vivo
Em fotos de casamento,
De filho, neto e bisneto
Vivenciando a ninhada.

E aí, então, aí sim...
Que morra ele também!
Já velhinho, bem velhinho...
Em nome do Pai,
do Filho,
e do Espírito Santo,
Amém!

Fonte: Blog do Emir Larangeira

Decisão de paralisação nacional das Polícias será discutida no Rio de Janeiro

Companheiros, chegamos ao limite.Após dois anos de luta o Governo do presidente Lula e a futura presidenta Dilma Rousseff manteve a posição de não votar a PEC 300. O presidente da Câmara e vice presidente eleito Michel Temer assinou sua falta de vergonha e de compromisso também ao se negar pautar a PEC 300, descumprindo acordo realizado com a nossa categoria.

Esses políticos são contra a Segurança Pública não se importando com a situação de miséria em que vivem policiais e bombeiros, alguns chegando a receber R$ 850,00 de salário.

Não temos mais o que fazer a não ser cruzarmos os braços em protesto.

Neste sentido convocamos todos os Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros, Agentes Prisionais (Polícia Penal), familiares, parentes, amigos e simpatizantes da Segurança Pública e a todos cidadãos de bem para uma MEGA ASSEMBLEIA e MANIFESTAÇÃO nos dias 9 e 10 de Dezembro.
Iremos realizar uma GRANDE PASSEATA TRANCA RUA no Centro do Rio de Janeiro e seguiremos para o AEROPORTO INTERNACIONAL ANTÔNIO CARLOS JOBIM (GALEÃO).
Nossa meta é paralisar as operações do aeroporto e denunciar à IMPRENSA INTERNACIONAL como são tratadas as forças de segurança do país da Copa e das Olimpíadas.

No local iremos ratificar em 
ASSEMBLEIA GERAL uma ampla PARALISAÇÃO para o dia 1 de Janeiro de 2011. Por isso sua presença é indispensável.

Exija de sua Associação ônibus para o transporte. E um posicionamento da mesma, enviando junto seus presidentes ou representantes.

Chegou a hora, precisamos dar o troco por tantos anos de sofrimento, de doação integral ao nosso trabalho e em troca recebemos apenas o desprezo e o desrespeito por parte do Governo.

Orientamos a todos levarem cartazes e faixas com os dizeres em português e inglês:
- Turistas, voltem para casa, o Brasil não oferece segurança / TOURISTS, GO HOME, BRAZIL ISN'T A SAFE PLACE.

- Não venham para o Brasil / DON'T COME TO BRAZIL

- O Brasil não oferece segurança / BRAZIL DOES NOT OFFER SEGURITY

- O que esperar de um país que maltrata sua polícia? / WHAT DO YOU EXPECT FROM A COUNTRY WHO MISTREATS THEIR OWN POLICE?
Dia 09 de Dezembro, concentração as 14h no LARGO DA CANDELÁRIA - Centro do Rio.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Polícia encontra pingente em forma de fuzil perto do Alemão


No local, foram achados fuzil, pistola, metralhadora e drogas enterrados.

Agentes encontram 50 kg de maconha no acesso ao Alemão.

Aluizio FreireDo G1 RJ
Apreensão do pingente, drogas e armas ocorreu entre o Alemão e a Vila Cruzeiro Apreensão do pingente, drogas e armas ocorreu entre o Alemão e a Vila Cruzeiro (Foto: Aluizio Freire/G1)
Pingente em forma de fuzil foi encontrado na Pedra do SapoPingente em forma de fuzil foi encontrado enterrado
na Pedra do Sapo (Foto: Aluizio Freire/G1)
Policiais da 25ª DP (Engenho Novo) encontraram, na tarde desta quarta-feira (1º), armas e drogas que estavam enterradas na localidade conhecida como Pedra do Sapo, entre o Conjunto de Favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio.
De acordo com a polícia, os agentes receberam denúncia anônima de que criminosos teriam escondido o material no local. Foram apreendidos um fuzil, uma pistola, uma metralhadora, 14 carregadores de munição traçante, 10 quilos de cocaína, 6 quilos de crack e centenas de munições traçantes. Junto com o armamento, os policiais encontraram um cordão de prata com um pingente que reproduz um fuzil. Ninguém foi preso.
Outras apreensões no AlemãoPor volta das 15h, a polícia apreendeu cerca de 2 toneladas de maconha em uma casa na Fazendinha, escondidas em um depósito subterrâneo. Pouco antes, também na Fazendinha, dois fuzis tinham sido descobertos concretados sob o tanque de lavar roupas de outra casa. Lá, havia ainda dois carregadores e 30 quilos de pasta base de cocaína
Mais tarde, na Rua Canitá, um dos acessos ao Alemão, foram encontrados 50 quilos de maconha.  Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) foram até ao local após denúncias de moradores. O material será levado para a 44ª DP (Inhaúma).

Imagens mostram preparação do Bope antes de invadir o Alemão

domingo, 28 de novembro de 2010

Ocupação no Alemão mostra que governo está preparado para entrar na Rocinha, diz secretário

Beltrame afirma que trabalho no complexo de favelas derruba crença de tráfico invencível

A ocupação do complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, mostra que a Secretaria da Segurança Pública está preparada para enfrentar traficantes das favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul carioca. A análise é do secretário da pasta, José Mariano Beltrame, que falou em entrevista coletiva na noite deste domingo (28). O representante do governo diz que a operação no complexo de favelas mostra que é possível acabar com a “crença de invencibilidade dos traficantes”.

- O complexo do Alemão era o coração do mal onde havia a convergência de marginais. Isso mostra uma perda de moral dos traficantes. Se chegamos no Alemão, chegaremos na Rocinha e chegaremos no Vidigal.

Beltrame afirmou na coletiva que ainda não há a previsão para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no conjunto de 15 favelas do Alemão. Mas, ele destacou que a região permanecerá ocupada e policiada por tempo indeterminado pelos cerca de 2.700 agentes das Forças Armadas e das polícias Civil, Militar e Federal, que ocupam a área.

O secretário aproveitou para agradecer a participação das Forças Armadas e das polícias que, segundo ele, “ a operação não seria bem sucedida sem a colaboração e união de forças”. Beltrame ressaltou que o Estado vive uma guerra contra o crime composto por várias batalhas. Ele lembrou que ainda há muito o que fazer para libertar a população do Rio de Janeiro do domínio do tráfico de drogas. Para ele, a recuperação do complexo do Alemão foi a mais importante conquista das forças de segurança.

- Não vencemos a guerra ainda, mas vencemos mais difícil e mais importante batalha que foi a retomada do complexo do Alemão. Nós conseguimos vencer essa luta.

Além disso, Beltrame disse que continua o processo de varredura nas casas do conjunto de favelas em busca dos traficantes e suspeitos que ainda estariam na comunidade. De acordo com o secretário, não há ainda um balanço fechado, das prisões e apreensões de drogas e armas no compledo do Alemão.

- A cada hora ocorre uma prisão ou drogas e equipamentos usados pelo tráfico são apreendidos no Alemão. Mas assim que todo esse material for contabilizado pela Polícia Civil, faremos um balanço definitivo.

Mas a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou que, até as 20h deste domingo (28), foram apreendidas 40 toneladas de maconha no complexo do Alemão. Ao menos 50 fuzis - um deles de fabricação austríaca, com grande poder de fogo - foram encontrados após a ocupação do território pelas tropas militares e policiais.

Na coletiva, o secretário de segurança estava acompanhado o comandante do CML (Comando Militar do Leste), general Adriano Pereira Junior, o superintendente da Polícia Federal do Rio, Ângelo Gioia, e o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Vital. Os representantes das forças de segurança disseram continuarão a dar apoio nas ações de ocupação no complexo do Alemão.

Mais cedo, o comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, afirmou que criminosos do Alemão já tentaram invadir a Rocinha e o Vidigal, que são dominadas por um grupo rival.

A operação no Complexo do Alemão faz parte da reação da polícia à onda de violência que tomou conta do Rio de Janeiro na última semana, quando dezenas de carros foram incendiadas em vários pontos do Rio de Janeiro e houve ataques a policiais.

A ação dos criminosos foi vista pelo governo estadual como uma resposta às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas nos dois últimos anos em comunidades antes dominadas pelo tráfico.

Para conter os ataques, a polícia, com apoio das Forças Armadas, realizou uma grande ofensiva na última quinta-feira (25) na Vila Cruzeiro, forçando a fuga de centenas de traficantes para o vizinho Complexo do Alemão, onde foram cercados nos dois dias seguintes.

sábado, 27 de novembro de 2010

Clima é tenso no entorno do Conjunto de Favelas do Alemão

Blindado do Exército no local tem motores ligados na entrada da comunidade.
Polícia e Forças Armadas cercam a favela desde de sexta-feira (26).

Blindado posicionado na entrada do Morro do Alemão (Foto: Henrique Porto/G1)

O clima é tenso no entorno do Conjunto de Favelas do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio, neste sábado (27). A polícia e as Forças Armadas cercam o local desde sexta-feira (26). Foi para lá que mais de cem criminosos fugiram após a ocupação da Vila Cruzeiro na quinta-feira (25).

Um dos blindados do Exército está embicado numa das entradas da comunidade de motor ligado. A polícia deu um ultimato para que os traficantes se entreguem e avisou que podem ocupar o local a qualquer momento.

Na comunidade foi montado um local para receber criminosos que queiram se render. Ele fica na esquina entre as ruas Joaquim de Queiroz e Itararé.

Comércio fechado

Nas ruas do bairro há pouco movimento de moradores e carros e parte do comércio está de portas fechadas. Ônibus circulam com pouca frequência.

Chama a atenção a presença ostensiva de homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Exército que, em ação conjunta, têm revistado veículos e alguns moradores que circulam próximo dos acessos à favela. Até caminhão de lixo tem sido revistado.

A Rua Paranhos, uma das principais ligações entre os bairros da Penha e Olaria, foi fechada ao trânsito. No local, estão apenas homens e carros da Polícia Civil, além de soldados e um jipe do Exército.

Chefes do tráfico presos

Mais cedo, dois homens foram baleados e presos ao furar o cerco no local. Segundo a polícia, eles eram chefes do tráfico na área e estariam envolvidos na queda do helicóptero da corporação no ano passado.

Algumas pessoas foram detidas. Entre elas um homem que, ao ser abordado, admitiu ser foragido da Justiça. A polícia apreendeu ainda uma mochila com cerca de 30 mil dólares.

De acordo com a Secretaria de Segurança, dez homens presos por envolvimento com os ataques no estado foram transferidos para presídios federais neste sábado.

Fonte: G1 RJ

Minas copia o Rio e também terá sua polícia pacificadora

Prioridade será atender regiões de maior criminalidade em todo o Estado

PM tem grupo especial para atuar em  áreas de maior criminalidade

Os mineiros deverão conhecer, a partir do próximo ano, como funcionam as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que no Rio de Janeiro são usadas na guerra entre criminosos e policiais. A reportagem de O TEMPOconfirmou que no pacote de medidas anunciadas, no início desta semana, pelo Ministério da Justiça, dentro do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), está prevista a instalação de 218 postos de repressão policial em pontos de alta criminalidade no Estado.

A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Pronasci, Ronaldo Teixeira. Segundo ele, das 2.883 unidades que deverão ser instaladas em 476 municípios brasileiros, até 2014, 218 ficarão em Minas. Um investimento de R$ 1,6 bilhão previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) do governo federal.

Os locais escolhidos para funcionamento das UPPs mineiras ainda estão sendo definidos. Na capital do Rio de Janeiro, onde o sistema foi inaugurado em 2008, existem atualmente 12 UPPs que atendem 36 comunidades dominadas pelo tráfico.

Em Minas, as unidades deverão ter perfil próprio, mas funcionarão com estrutura parecida ao modelo carioca. Cada posto contará com uma sede instalada em uma região de conflito e será munido de duas viaturas, duas motocicletas, uma central de videomonitoramento com dez câmeras, mobiliário e equipamentos de repressão à criminalidade. Em cada unidade haverá, pelo menos 12 policiais.

O custo de cada UPP, segundo o secretário do Pronasci, é de R$ 550 mil. Ele explicou que caberá aos Estados a contratação de policiais e, aos municípios, a cessão dos terrenos para instalação do serviço.

Segundo o secretário, a ideia é mudar o modelo de policiamento do país. O funcionamento das UPPs, disse, obedecerá critérios como regiões de maior população e, o principal, com altos índices de criminalidade. "Teremos uma polícia enraizada na comunidade, o que amplia a função de uma polícia repressora para uma polícia comunitária, o que vai propiciar uma aproximação positiva com a população".

Comunidade. Ontem, o coronel Ricardo Calixto, chefe da assessoria de Comunicação da PM mineira, informou que os postos a serem instalados no Estado terão como base a ação comunitária. Segundo ele, Minas conta atualmente com 35 unidades de ação com a comunidade, compostas por van, duas motos e quatro bicicletas, em pontos de criminalidade nas 16 regiões do Estado.

POVs

Prevenção. A PM mineira também possui Postos de Observação e Vigilância (POVs). Neles, três policiais se revezam na vigilância, principalmente de áreas comerciais. Um policial fica na cabine e os outros dois circulam.

REPERCUSSÃO

Especialista diz que UPPs em Minas é exagero

A instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nos moldes que acontecem no Rio de Janeiro não é vista com bons olhos pelo doutor em sociologia e professor da PUC Minas, Luiz Flávio Sapori. O especialista em segurança pública, que já ocupou o cargo de secretário-adjunto de Defesa Social no Estado, entende que Minas não possui uma criminalidade que exija medidas de repressão como as adotadas no Rio.

De acordo com Sapori, o ideal para Minas seria investir no Grupo Especializado de Patrulhamento de Área de Risco (Gepar), que atualmente tem obtido bons resultados em aglomerados da capital. "O ideal seria reforçar o modelo Gepar, capacitando melhor os policiais, melhorando a estrutura e fiscalizando a ação desses policias para evitar a corrupção", disse.

O Gepar é formado por um grupo de policiais especializados, que atuam em áreas de risco. Em Belo Horizonte, o Gepar está instalado, desde 2002, para atuar no Morro das Pedras, região Oeste da capital.

Segundo o coronel Cícero Nunes, comandante de Policiamento da Capital, atualmente são 21 conjuntos de policiais que atuam nos aglomerados. Cada grupo tem de 14 a 30 integrantes. "Esses grupos têm bases territoriais definidas e trabalham próximos da comunidade. Desde a implantação do Gepar, a redução no número de homicídios foi de 50 %". Outras regiões do Estado também possuem Gepar próprio. (RR)

FONTE: O TEMPO

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bope e Marinha fazem megaoperação com blindados no Rio


Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazem uma megaoperação na região das favelas na Penha, subúrbio do Rio no final da manhã desta quinta-feira (25). Seis veículos blindados da Marinha e dois caminhões deixaram há pouco o quartel de fuzileiros navais, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A expectativa é que os policiais se dirijam par a Vila Cruzeiro, onde bandidos armados se concentram. O comboio da polícia, com mais de dez veículos do Bope, chegou à região hoje cedo. O clima é de tensão na região.

Mais cedo, quatro homens em duas motocicletas tentaram utilizar um caminhão de lixo para bloquear a passagem na Rua Tenente Luís Dorneles, na entrada do Grotão, na Vila Cruzeiro. Segundo a Comlurb, os bandidos teriam ordenado que o motorista permanecesse no local bloqueando o acesso à comunidade. Ainda de acordo com a empresa, depois de dar a ordem, eles teriam deixado o local e o motorista ligou o caminhão e fugiu.

Fonte: G1.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Estratégias e incentivo para sermos mais cidadãos na defesa de nossos direitos ou sermos subjugados eternamente.

Por Sgt. Barbosa


É impressionante, como nos últimos 10 (anos), a força pública
de mais tradição no Brasil, a milíca do alferes tiradentes, mistificada pela figura mais emblemática da inconfidência mineira, de rígida disciplina rompeu com um ciclo inimáginavel entre hierarquia e estado de necessidade.
Tratados como bandoleiros e insubordinados, passando até a condição de líderes de motim, abriu-se das torres do poder, a orientação mais politicamente incorreta, que fora a repressão indiscriminada, baseada em achismo, juizos pessoais, caprichos hierárquicos, vaidades sustentada pela maldade de uns poucos, que acreditavam que reprimir os inssurgentes e revoltosos, era uma medida de resgate e valorização da disciplina, contrária ao que todos desejavam que eram ser tratados igualmente, sem corporativismo associado ao posto, que compõe os mais altos cargos da hierarquia das organizações estatais, potencializado em uma organização com caracteristicas totais, como a Polícia Militar, impermeabilizada aos princípios do estado democrático de direito, o que restringe a implantação e a aplicação de uma cultura de polícia comunitária.

O profissional de segurança pública, descobriu, depois de séculos de existência, que é o único e exclusivo, trabalhador que dispõe de sua vida, para exerver suas atividades de prover a segurança dos cidadãos, como função típica de estado, mas permancemos encobertos pelo obscurantismo político democrático, subordinado a dogmas do passado que se orientam por um doutrina de concepções racistas, preconceitusas e discriminatórias, que são obstáculos intransponíveis para uma nova era, a era da polícia cidadã, em sua primitiva origem inspirada nos filosofos gregos, cidadãos das cidades estado.
Não somos, e jamais seremos donos de nossas ideias e opiniões, resguardando-nos no manto do sagrado direito de expressar, ante este dilema, de natureza moral é possível que morrarmos silenciosos, esperando que alguém em algum lugar, simplesmente apareça, para nos doar generosamente, salários justos e compatíveis, com a instransferível e indelegável missão, de cumprir obrigações, mesmo com o sacríficio da própria vida, princípio solene que compõe o juramento da profissão, como nenhum outro profissional, civil ou público, pois é uma característica inerente ao risco da atividade, que nem sequer é objeto de valorização por parte do governo e da sociedade.
Não dá mais para ficar passivamente esperando que algo de extraordinário aconteça, caso não haja um sentimento de solidariedade capaz de unir todas as forças de segurança pública do Brasil, numa inédita e histórica manifestação que marcará para sempre os anais da capital do poder, se não formos uma constelação de fardas, divisas e cores, no esplanda dos ministérios, corremos o risco de ser reduzidos a um bando de frouxos, covardes e medrosos, adjetivos que não compõe a forja do policial brasileiro.
Se como afirmou Paulo Bernardo, Ministro do Planejamento, que nasceram politicamente em período de perturbações e greve no Brasil, ficará muito mais fácil, construir um acordo, com sua experiência em movimento conturbados e provindos de flagrante desigualdade, de um segmento que cansou de ser só mais um número na violenta ação entre crime e legalidade. 
Devemos estabelecer e ampliar ainda mais a comunicação pelas ferramentas digitais, como e-mail, redes sociais, blogs, sites e outras milhares para enriquecermos o debate, como instrumento de libertação e emancipação das pessoas, e isto pode vir a ser um mancial de aprendizado e construção política coletiva, como já podemos observar pelas qualidades e diversidades de notícias, opiniões, ideias, reclamação, crítica, e propostas, unas até nem tanto razoáveis, mas com liberdade para falar, pronunciar, participar e descobrir o mundo fantástico do saber, como alavanca do desenvolvimento e progresso da humanidade e do espiríto de justiça na pacificação de conflitos humanos.
Temos que começar imediatamente uma ação em sintonia, pela rede de blog e afins sobre a marcha para Brasília, nos dias 23 e 24 de novembro, pois penso que só teremos uma única chance de sermos ouvidos, e se não for agora, não saberemos quando teremos a oportunidade de causar a boa impressão e disposição de lutar sem tréguas por um direito legitímo de ser proporcionalmente recompensado com uma valorização salarial que atenda as necessidades elementares de sáude, segurança, comodida, e estabilidade financeira, que assegure tomar medidas adicionais de segurança para si e sua família.
Vamos a luta sem nenhum medo de represália ou agressão, vivemos e assistimos este filme todos os dias, e já estamos acostumados a ver, ser e ir para o confronto, se necessário for como medida de legiltíma defesa, por estar concretamente agindo no exercício de um direito constitucional de expressar, manifestar, de se reunir, e de reivindicar, afinal somos também trabalhadores, ainda que com um atributo de sangue com o estado.
O que nos dá mais naturalidade para o enfrentamento de conflitos, que podem ser resolvidos com uma ação inteligente e articulada em debate promovido pelo governo federal com a participação da frente parlamentar de defesa dos policais e bombeiros militares, entidades representativas de todas as categorias, para que em uma abordagem da segurança pública, se aplique políticas de valorização salarial e da carreira, como vetor de estimulo para melhoria dos indíces de criminalidade e mudança estruturais profundas em todo sistema de persecução criminal, com resgate da ética, da probidade, da honestidade, e da eficiência no serviço público.

Blog do Cabo Júlio

sábado, 20 de novembro de 2010

HERÓIS: FACES DA MORTE.


Salário/dia de um PM no Rio de Janeiro
O DIA
O GLOBO
As fotos foram recortadas.
O Rio de Janeiro ocupa uma liderança macabra,
sendo o lugar onde mais policiais são mortos em serviço no mundo. Não se tem notícia de qualquer outro local, que não esteja vivenciando uma guerra, onde policiais de serviço são assassinados em número tão elevado.
Heróis que morrem defendendo a população, completamente esquecidos pelo governo que paga salários miseráveis pelos seus sacrifícios e que nem oferece as condições adequadas de trabalho.
JUNTOS SOMOS FORTES! 
PAULO RICARDO PAÚL
 
PROFESSOR E CORONEL
 
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Homem é morto a tiros na frente do filho de 11 anos no Santo Antônio

Dois homens, de 21 e 36 anos, foram presos em flagrante sob suspeita de assassinarem a tiros um homem, 34, na noite de segunda-feira, no Santo Antônio, região Sudeste de Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar (PM), Samuel Medeiros Soares teria sido morto na frente do filho de 11 anos. O crime teria motivação passional, porque Samuel estaria supostamente assediando a mulher de um dos suspeitos. O homicídio aconteceu por volta das 22h na Rua Francisco Pereira. A vítima teria sido atingida por vários disparos, inclusive no rosto. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A perícia realizou os levantamentos, e o corpo foi levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).
Os suspeitos foram localizados durante rastreamento da PM pelas possíveis rotas de fuga. Os dois agentes funerários estavam parados perto da Kombi da funerária em uma rua deserta e escura no loteamento Terras Altas, próximo ao Retiro. Durante as buscas, os policiais encontraram embaixo do veículo um revólver calibre 38 com numeração raspada e com seis munições deflagradas, além de uma faca. Os agentes foram presos e levados para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil.

Versão

Ao prestar declarações, o mais velho assumiu a autoria dos disparos, alegando legítima defesa, e afirmou que a arma apreendida pertenceria à própria vítima. Ele disse que conduzia a Kombi para deixar em casa o colega, cuja mulher estaria sendo assediada, quando teria encontrado “por acaso” com Samuel. Ele negou ter planejado o crime e afirmou que o amigo permaneceu no interior do veículo enquanto ele teria descido para conversar com a vítima. Ainda segundo o depoimento, Samuel teria sacado o revólver e apontado na direção do agente, que teria conseguido pegar a arma, atirando em seguida.
O outro suspeito, 21, confirmou ter permanecido no interior da Kombi durante o crime. A mulher dele, 23, também foi ouvida no plantão da delegacia e afirmou que estaria sendo assediada há cerca de um mês por Samuel. Segundo suas declarações, na tarde de segunda, quando ela caminhava perto de sua casa com os filhos, ele a teria agarrado e a beijado à força no pescoço. Conforme a PM, o filho da vítima não prestou declarações porque ficou em estado de choque, mas relatou aos policiais que ambos os agentes funerários teriam saído armados da Kombi e atirado em seu pai. Os dois suspeitos foram autuados em flagrante por homicídio e encaminhados ao Ceresp.

Fonte: JF Segura

sábado, 30 de outubro de 2010

ALERTA AOS COMANDANTES DE UNIDADES - VOCÊS PODEM SER ENQUADRADOS NA LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - UMMG USA INSTALAÇÕES DENTRO DOS QUARTÉIS - INSTALAÇÕES PÚBLICAS PARA UMA ENTIDADE PRIVADA

Veja o oficio enviado aos comandantes de unidade:


Belo Horizonte, 28 de Outubro de 2010
Ilustríssimo Senhor Comandante,
Na condição de Comandante de UEOp, a Lei 8429/92 imputa a V.Sa a condição de agente público conforme seu artigo 2º:

“Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior”.
A improbidade administrativa é fenômeno que acompanha o homem em sua trajetória no tempo. O legislador ao editar a Lei 8.429/92, conhecida como Lei de Improbidade Administrativa, teve como objetivo combater os atos praticados por agentes públicos que lesionavam, de alguma forma, o bom, eficiente e normal funcionamento da Administração Pública.
Uma das finalidades da Lei é o agente público por AÇÃO ou OMISSÃO não lesione ou permita que terceiros tragam qualquer tipo de lesão ao patrimônio público, conforme norteia o artigo 5º da Lei:
Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Assim, aquele que causar qualquer tipo de lesão ao patrimônio público com seu modus operandi, tanto na forma comissiva, quanto na omissiva, terão que ressarcir, integralmente, o dano causado.

Di Pietro (2004, p. 431) entende ser agente público “toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Pública”.

Além do caput do art. 10, existem mais 13 incisos que identificam as possibilidades de atos de improbidade administrativa. Cabe ao art. 11 demonstrar o rol (não exaustivo) de condutas que constituem atos de improbidade administrativa os quais resultam em ofensas aos princípios da Administração Pública, sendo referência qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, lealdade às Instituições, mantendo-se preservada a moralidade administrativa.

Fazzio Júnior (2003, p.174) na Improbidade Administrativa e Crimes de Prefeitos, menciona o posicionamento de Cármen Lúcia Antunes Rocha, no tocante à aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública, in verbis:

Os princípios constitucionais da Administração surgiram para serem determinantes de comportamentos públicos e privados, não são eles arrolados como propostas ou sugestões: formam o direito, veiculam-se por normas e prestam-se ao integral cumprimento. A sua inobservância vicia de macula insanável o comportamento, pois significa a negativa dos efeitos a que se deve prestar. Quer-se dizer, os princípios constitucionais são positivados no sistema jurídico básico para produzir efeitos e deve produzi-los.

Neste sentido e por dever de respeito a muitos comandantes de unidades, íntegros, probos e honestos, e considerando decisões anteriores até mesmo hierarquicamente superior, cabe-nos alertá-los que a União do Pessoal da Polícia Militar - UMMG - entidade de direito privado, sem nenhum vínculo com a administração pública, conforme observado há tempos ocupa espaço e instalações dos Batalhões de modo ilegal e irregular, ou seja espaço e recursos públicos, o que caracteriza flagrante improbidade administrativa, que poderá ensejar responsabilização deste comandante, conforme o artigo 10:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - ...

II - permitir ou concorrer para que PESSOA FÍSICA OU JURIDICA PRIVADA utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

Sendo assim, entendemos que muitos Comandantes já herdaram este absurdo que é uma única Entidade Representativa de classe, em que pese toda sua representatividade, mas embora instituição de direito privado, em detrimento de todas as outras, ocupe salas e instalações dos quartéis da Polícia Militar de Minas Gerais.

Abro um parêntese para citar o caso do CSCS (Centro Social de Cabos e Soldados), uma entidade nos mesmos moldes da UMMG, que paga aluguel de várias salas e instalações particulares próximas aos quartéis.

Porem a legislação vigente prevê penalidades ao Comandante (no caso em tela) que por ação ou omissão permita tal lesão ao patrimônio público:

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

Sendo assim cumpro meu dever de alertar a este Comandante que verifique se em sua unidade não existe instalações públicas dentro do quartel sendo ocupadas pela UMMG, e informar ainda que oficiaremos ao Promotor público de cada Comarca e ainda ao Exmo Senhor Promotor Público Coordenador da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Estado de Minas Gerais noticiando o fato.

Reitero que faço este alerta antes de noticiar ao MP por saber que existe uma herança de comandos anteriores que certamente são de épocas anteriores a V. Sa., mas que uma vez alertados ficarão cientes das responsabilidades pessoais de cada comando e cada comandante.
Atenciosamente,
Vereador CABO JÚLIO
Líder do PMDB